Projeto ALFA-EJA Brasil leva oportunidades para municípios sergipanos

Iniciativa promoverá formações, oficinas e encontros em Sergipe (Foto: Freepik)

Mais de 9,5 milhões de brasileiros acima de 15 anos ainda não sabem ler e escrever, segundo dados do Censo Escolar do Ministério da Educação. O Projeto ALFA-EJA Brasil acaba de chegar a Brejo Grande e Santa Luzia do Itanhy, no Sergipe, para contribuir na mudança dessa realidade, com o desafio de transformar vidas por meio da alfabetização e do fortalecimento da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA). Com uma metodologia inspirada nos princípios de Paulo Freire, a iniciativa promoverá assessorias, formações, oficinas e encontros para educadores, gestores educacionais, educandos e a comunidade local.

Realizado pelo Instituto de Educação e Direitos Humanos Paulo Freire, em parceria com a Petrobras, o projeto atuará, presencialmente, em Brejo Grande e Santa Luzia do Itanhy (SE) e mais 13 municípios do Norte e Nordeste. Haverá também formação na modalidade a distância (EaD) em 77 cidades dessas regiões.

Os objetivos principais do Projeto ALFA-EJA Brasil são garantir o direito à educação, diminuir o analfabetismo e incentivar a continuidade dos estudos, fortalecendo a EJA como política pública essencial e ampliando oportunidades educacionais para aqueles que não tiveram acesso à escola na idade regular.

“O ALFA-EJA Brasil nasceu com o sonho de construir um país mais justo, garantindo o direito à educação para todas as pessoas. Com mais de 30 anos de experiência, o Instituto Paulo Freire já alfabetizou mais de 300 mil pessoas e formou cerca de 16 mil alfabetizadores. Agora nosso objetivo é ir além, fortalecendo a EJA como política pública. Queremos criar uma nova cultura da EJA no Brasil, valorizando a continuidade dos estudos como ferramenta essencial para a transformação social”, explica Moacir Gadotti, diretor fundador do Instituto Paulo Freire, livre docente na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutor em Ciências da Educação na Universidade de Genebra (Suíça).

O que o ALFA-EJA Brasil fará em Brejo Grande e Santa Luzia do Itanhy?
Ao longo dos próximos três anos, o projeto desenvolverá uma série de ações de formação junto a gestores, educadores, educandos e comunidade local, promovendo o fortalecimento da EJA e ampliando o acesso ao conhecimento. As principais iniciativas incluem:

  • Formação e assessoria para educadores e gestores da EJA, nas modalidades presencial e a distância, em Brejo Grande e Santa Luzia do Itanhy (SE) e mais 13 municípios do Norte e Nordeste.
  • Oficinas de leitura e escrita presenciais para educandos, incentivando o prazer pela leitura e a valorização da cultura local.
  • Curso online “Como Alfabetizar com Paulo Freire”, voltado para alfabetizadores, beneficiando participantes das duas cidades de Sergipe e mais 75 municípios do Norte e Nordeste.
  • Ampliação do acervo de materiais da EJA, com a produção e distribuição de cadernos de formação, vídeos e podcasts para formação de educadores e educandos.
  • Eventos e encontros ampliados entre educadores, educandos e lideranças locais, fortalecendo a identidade e a mobilização pela EJA.
  • Lives formativas educacionais, ampliando o debate sobre educação popular e metodologias para a alfabetização de jovens, adultos e idosos.
  • Criação do Centro de Referência da EJA (CREJA), um espaço voltado à memória e documentação da EJA e da Educação Popular, além de aumentar a formação nesse segmento.

Leitura do Mundo: a primeira fase do projeto

A primeira etapa do Projeto ALFA-EJA Brasil em Belém, está sendo dedicada à Leitura do Mundo, uma fase inicial que visa conhecer profundamente o contexto local. Durante o mês de abril, a equipe pedagógica do Instituto Paulo Freire – formada por educadores, pesquisadores, especialistas, mestres e doutores em educação, com larga experiência em EJA – realizará visitas locais para conhecer e estabelecer laços com a comunidade, os educadores, os gestores e os educandos, além de realizar diálogos e ações de escuta ativa com representantes da Secretaria Municipal de Educação e outros sujeitos sociais. O objetivo é entender as realidades e os desafios da cidade.

Essa fase é essencial para orientar as ações futuras do projeto, permitindo que as formações pedagógicas e demais atividades do projeto sejam planejadas de maneira mais assertiva e alinhadas às necessidades da população local. A partir desse trabalho, será possível garantir que o projeto tenha um impacto real na educação de pessoas jovens, adultas e idosas, fortalecendo a EJA como um processo efetivo de transformação social.

Sobre o Instituto de Educação e Direitos Humanos Paulo Freire

O Instituto Paulo Freire foi fundado em 1991, com a missão de promover uma educação emancipadora e humanizadora, inspirada nas ideias de Paulo Freire. Reconhecido nacional e internacionalmente, o Instituto trabalha para combater injustiças sociais e educacionais e promover a transformação social, por meio de práticas educativas que busquem a autonomia e a igualdade de direitos. O Instituto é uma rede global com unidades em mais de 90 países e continua a inspirar gerações de educadores e educandos.

 

Fonte: Ascom/ALFA-EJA

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