
O saldo das operações de crédito no Brasil totalizou R$ 6,5 trilhões em fevereiro, com uma expansão de 0,4% em comparação ao mês anterior. O Banco Central (BC) divulgou o relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito nesta quarta-feira (9).
Conforme o BC, o crescimento foi impulsionado pelo aumento de 0,5% no crédito direcionado às empresas e de 0,4% nas operações voltadas às famílias, com saldos de R$ 2,5 trilhões e R$ 4 trilhões, respectivamente.
O crédito com recursos livres, que são provenientes de operações no mercado, permaneceu estável, alcançando R$ 3,7 trilhões, um crescimento de 11,3% nos últimos 12 meses.
O crédito livre destinado às empresas somou R$ 1,5 trilhão, apresentando uma alta de 0,1% no mês e 9,8% no período anual.
O BC destacou que esse aumento foi impulsionado principalmente por um crescimento no capital de giro com prazos de até 365 dias (+7,9%) e na antecipação de faturas de cartões (+1,8%), embora tenha sido observada uma queda nos financiamentos para a compra de veículos (-0,7%).
Crédito às famílias e empresas segue em expansão, aponta BC
O crédito livre destinado às famílias manteve-se estável em fevereiro, totalizando R$ 2,2 trilhões. No entanto, em comparação com o mesmo período de 12 meses atrás, houve um crescimento de 12,4%, refletindo a continuidade da demanda por crédito entre os consumidores.
O Banco Central também divulgou que o saldo das operações de crédito direcionado, ou seja, aquelas com recursos subsidiados por governos ou estatais, alcançou R$ 2,7 trilhões. Esse montante representou um aumento de 0,9% no mês e de 12,5% em relação ao ano passado.
Em detalhes, o crédito direcionado às empresas registrou um crescimento de 1,1% no mês e de 12,2% no acumulado de 12 meses, somando R$ 909,9 bilhões. Para as famílias, o crédito direcionado atingiu R$ 1,8 trilhão, com avanços de 0,9% no mês e de 12,6% nos últimos 12 meses.
Taxa de juros e inadimplência: aumento nas concessões e estabilidade no Crédito
Em fevereiro, a taxa média de juros das operações de crédito apresentou um aumento de 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, atingindo 30,5% ao ano. No comparativo anual, a alta foi de 2,6 p.p.
No caso das operações com empresas, a taxa média de juros ficou em 21% ao ano, enquanto para as famílias o custo do crédito foi bem mais alto, alcançando 35% ao ano.
O spread bancário, indicador que reflete a diferença entre as taxas de juros aplicadas nas operações de crédito e o custo de captação dos bancos, subiu para 19,4 p.p. Esse aumento foi de 1,1 p.p. no mês e de 0,1 p.p. nos últimos 12 meses.
Estabilidade da Inadimplência
Em relação à inadimplência, o percentual de crédito com atrasos superiores a 90 dias ficou em 3,3% da carteira total de crédito em fevereiro. Esse resultado demonstra uma estabilidade em termos anuais, mas indica um aumento de 0,1 p.p. no mês.
O post Crédito no Brasil cresce 0,4% e atinge R$ 6,5 tri em fevereiro apareceu primeiro em BPMoney.