
Ainda faltam 18 meses para as eleições, quando sairão os próximos presidente da República, governadores, senadores e deputados (federais e estaduais). Mas o país já vive em clima absoluto de disputa antecipada, quadro que bem analisado pode levar à conclusão de ser até ilegal, visto que há um calendário específico para propaganda eleitoral.
Mesmo assim, proliferam, em diferentes níveis e abordagens, pesquisas que sugerem antecipar a situação e as possibilidades eleitorais de prováveis candidatos. Nós, do povo, pouco ou nada sabemos quanto aos métodos, seriedade e reais objetivos desses levantamentos e, especialmente, do propósito de divulgação dos resultados.
Oriundos de diferentes fontes, regiões e tendências políticas, encontramos publicações heterogêneas que podem beneficiar ou detonar quaisquer dos futuros concorrentes. É difícil comprovar, alguns conduzem ao pensamento de estar a serviço de quem oferecer melhores subsídios. Os veículos de comunicação precisam ser cautelosos para que, ao publicarem a planilha dos levantamentos, não sejam interpretados como específicos no resultado e nas candidaturas, quando o senso é de que são apenas veiculadores de notícias. Deve ser por causa desse cuidado de não envolvimento que parte deles, além dos resultados das pesquisas, faz questão de relatar como foram elaboradas, montadas e aplicadas.
Encontram-se entre as diferentes pesquisas, informações para todo consumo e interesse. Fala-se, por exemplo, que tanto Lula (à esquerda) quanto Bolsonaro (à direita) vão ganhar a eleição para presidente e, ao mesmo tempo, que vão perder. Algumas pesquisas citaram atuais governadores como possíveis presidentes ou dando continuidade aos cargos.
Positivamente, por mais sofisticadas que sejam, as pesquisas dificilmente revelarão a intimidade das disputas e, muito menos, quem serão os eleitos. São tendências que, dependendo da seriedade e do comprometimento com a realidade e da sucessão dos acontecimentos poderão levar (ou não) mais perto do veredicto popular. No entanto, ter a certeza de quem ganhará ou perderá ao fechar as urnas constitui uma missão típica impossível.
O resultado eleitoral confiável é aquele que vem das urnas. Pesquisas e especulações não contam. Podem, em vez de ajudar, confundir a cabeça do eleitor e, até, diminuir a qualidade do seu voto. Sejam cautelosos, todos…
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