Casos de Mpox em Minas têm redução no primeiro bimestre

Casos de Mpox

Casos de Mpox são 13 vezes menor neste ano que em 2024; especialista aponta subnotificação
Erupção cutânea é a principal característica da doença (Foto: Getty Images)

O Ministério da Saúde confirmou no mês passado o primeiro caso cepa 1B, nova variante da Mpox, no Brasil. A então paciente, de 29 anos, é uma moradora da região metropolitana de São Paulo. Em Minas Gerais, conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), há a confirmação de dois casos em 2025, todos em fevereiro, mas nenhum da nova variante. 

Em 2024, foram identificados 26 casos positivos da Mpox em Minas Gerais no mesmo período (primeiro bimestre), de acordo com o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan). O número, é considerado baixo em relação ao ano passado. No entanto, para o médico infectologista Marcos Moura pode ser que haja uma subnotificação de casos, uma vez que nem sempre o diagnóstico da doença é feito de forma adequada. 

“Há uma subnotificação, porque não tem o diagnóstico. É uma coisa burocrática que, de forma geral, os profissionais de saúde não fazem.  (A notificação) está muito atrelada também à visibilidade que a doença tem na mídia. Quando há campanhas, por exemplo, aumentam as notificações”, analisa Moura.

Sintomas e prevenção

Conforme explica o médico, a nova variante da Mpox possui caracteres genéticos diferentes, mas sintomas parecidos. “!O paciente também se comporta com erupções cutâneas dolorosas, podendo também manifestar em outros órgãos, mas a forma mais comum é a forma cutânea”, explica.

De acordo com o médico infectologista, as formas de transmissão da nova cepa da Mpox também são semelhantes às variantes anteriores, através do contato direto com as lesões cutâneas, compartilhamento de utensílios e roupas, e contato íntimo. “Não é uma infecção sexualmente transmissível, mas se trata de uma doença que pode ser passada através da relação sexual, tanto é que as principais lesões manifestadas no Brasil são lesões em genitálias”, detalha o infectologista.

Assim como os sintomas e as formas de transmissão, os métodos de prevenção da nova variante da Mpox são semelhantes às cepas anteriores da doença.

“A principal forma é a vacinação, disponível no SUS. Uma vez contaminada, a pessoa tem que ficar em isolamento até que as feridas sumam por completo já que, durante todo o período da doença, ela é potencialmente transmissora. No domicílio, o infectado não poderá compartilhar qualquer tipo de utensílios com outras pessoas. Nesse período, é proibido qualquer contato íntimo, principalmente sexual, porque as feridas passam por contato direto e até mesmo por superfícies”, reforça o infectologista.

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