Conheça 8 mitos sobre a insuficiência renal em gatos

Gato insuficiencia renal credito reproducao Freepik

Gato insuficiencia renal credito reproducao Freepik
(Foto: Reprodução/Pexels)

A insuficiência renal é uma condição que afeta um número significativo de gatos, especialmente os mais velhos, mas também pode surgir em animais jovens. Trata-se de uma falha progressiva dos rins, órgãos responsáveis por filtrar o sangue, eliminar toxinas por meio da urina, equilibrar substâncias no organismo e produzir hormônios essenciais para o bom funcionamento do corpo.

Quando os rins começam a falhar, o corpo do gato acumula substâncias que deveriam ser eliminadas, prejudicando seu funcionamento geral. Entre as principais causas estão o envelhecimento natural, infecções, doenças genéticas, hipertensão, exposição a substâncias tóxicas e até alimentação inadequada.

Os sintomas da insuficiência renal podem surgir de forma sutil e se agravar com o tempo. Aumento da sede, urina em excesso, perda de apetite, emagrecimento, vômitos, mau hálito, fraqueza e apatia estão entre os sinais mais comuns. Por ser uma doença silenciosa no início, muitas vezes ela é diagnosticada somente em estágios avançados.

Apesar disso, com acompanhamento veterinário, mudanças na dieta e tratamento adequado, é possível oferecer qualidade de vida ao gato. No entanto, há muitos mitos espalhados sobre essa condição, o que pode dificultar decisões importantes para a saúde do pet. A seguir, confira a verdade sobre alguns deles!

1. Apenas gatos idosos desenvolvem insuficiência renal

Mito. É verdade que a insuficiência renal é mais comum em gatos com mais de sete anos, devido ao desgaste natural dos rins com o tempo. No entanto, felinos jovens também podem desenvolver a condição, especialmente quando há fatores como predisposição genética, doenças infecciosas (como a leptospirose), ingestão de plantas tóxicas ou medicamentos inadequados.

2. Beber muita água é sempre um bom sinal

Mito. Embora incentivar a hidratação seja importante para qualquer gato, uma sede excessiva pode indicar um problema. Gatos com insuficiência renal costumam beber mais água para tentar compensar a perda de líquido causada pela produção de urina em excesso, já que os rins não conseguem concentrá-la corretamente.

“Pets com doença renal crônica se desidratam rapidamente, pois o rim não está fazendo seu papel na filtragem e concentração da urina. Os gatos são mais suscetíveis à doença, seus hábitos de tomar água e a forma com que se alimentam foram alterados com a domesticação da espécie”, acrescenta Joana Portin, médica-veterinária e coordenadora técnica da Petlove.

3. A insuficiência renal é facilmente detectável nos estágios iniciais

Mito. Nos primeiros estágios da doença, os rins ainda conseguem manter parte da sua função, o que faz com que o gato aparente estar saudável. Por isso, os sintomas muitas vezes só aparecem quando há perda significativa da função renal. A única forma de identificar precocemente a insuficiência renal é por meio de exames indicados pelo veterinário.

“Muitas vezes, é em check-ups que identificamos que já há um início de lesão renal e conseguimos atuar na estabilidade, desacelerando a progressão da doença. Alguns exames podem identificar a doença precocemente. Portanto, é importantíssimo que as consultas veterinárias sejam ainda mais frequentes quando os pets se tornarem adultos e idosos, ou seja, a partir dos seis anos”, afirma a veterinária da Petlove.

4. Gatos com insuficiência renal não podem levar uma vida normal

Mito. Apesar de a insuficiência renal ser uma condição crônica e progressiva, muitos gatos conseguem viver bem por vários anos após o diagnóstico. Com tratamento adequado – que inclui alimentação especial, medicações, acompanhamento veterinário e, em alguns casos, fluidoterapia -, é possível controlar os sintomas e retardar o avanço da doença.

5. A insuficiência renal é sempre fatal

Mito. Embora não tenha cura, a insuficiência renal não representa uma sentença de morte imediata. O diagnóstico precoce, a escolha correta dos tratamentos e o comprometimento do tutor com o cuidado diário fazem toda a diferença na expectativa de vida do felino. Muitos gatos com essa condição vivem por anos, mantendo rotina, comportamento e bem-estar adequados. A doença só se torna mais grave quando não é tratada ou diagnosticada tardiamente.

6. Apenas gatos com sintomas evidentes precisam ser testados para insuficiência renal

Mito. A doença renal crônica pode evoluir por muito tempo sem sinais externos. Por isso, exames preventivos são recomendados mesmo para gatos que aparentam estar saudáveis, principalmente após os 6 anos. A detecção precoce permite iniciar o tratamento antes que os sintomas apareçam e os danos renais avancem.

7. Medicamentos humanos podem ser usados para tratar gatos com insuficiência renal

Mito. Jamais se deve medicar um gato com produtos feitos para humanos sem orientação veterinária. Muitos medicamentos comuns para humanos – como anti-inflamatórios e analgésicos – podem ser altamente tóxicos para os rins dos felinos e até causar falência renal aguda. O tratamento para insuficiência renal deve ser individualizado e prescrito exclusivamente por um veterinário, considerando peso, estágio da doença e histórico do animal.

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8. A insuficiência renal em gatos é contagiosa

Mito. A insuficiência renal não é uma doença transmissível. Ela resulta de fatores internos ao organismo do gato, como predisposição genética, envelhecimento ou exposição a substâncias tóxicas. Portanto, um pet com insuficiência renal não representa risco para outros animais ou pessoas da casa.

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