A Petrobras (PETR3; PETR4) e Braskem (BRKM5) deram um passo significativo em direção à sustentabilidade, ao assinar um Memorando de Entendimento para explorar o potencial de projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS – Carbon Capture and Storage) na Bahia. O acordo, anunciado na quarta-feira, 2, busca identificar modelos de negócios mutuamente benéficos dentro da economia de baixo carbono, com foco na redução das emissões de dióxido de carbono (CO2).
O memorando formaliza a intenção das duas gigantes do setor de avaliar conjuntamente os aspectos técnicos envolvidos na captura, transporte e armazenamento do CO2. As empresas também planejam explorar possíveis modelos de negócio colaborativos, com o objetivo de criar um hub de CCS na região.
No projeto, o CO2 seria capturado em diversas fontes de emissão, como a indústria petroquímica, refinarias, siderúrgicas e termelétricas. Após a captura, o gás seria transportado por uma rede de gasodutos interconectados, otimizada para armazenar grandes volumes de CO2 em reservatórios geológicos, adequados e monitorados para esse fim.
Petrobras (PETR3; PETR4) e Braskem (BRKM5)
Jair Toledo, gerente geral de Concepção e Implantação de Projetos de Energias Renováveis da Petrobras, destacou que o conceito de hub, com malhas conectadas, aumenta a viabilidade técnica e econômica do CCS, tornando-o uma opção relevante para a descarbonização em larga escala. Ele acrescentou que o setor petroquímico é um dos que mais se beneficia dessa abordagem, podendo ser ainda mais valorizado por parcerias de baixo carbono e acordos comerciais, que também podem envolver energia renovável, hidrogênio e combustíveis de baixo carbono.
A Petrobras já iniciou o mapeamento de reservatórios geológicos em Taquipe, a aproximadamente 80 km de Salvador, para avaliar opções de armazenamento seguro do carbono. Além disso, está estudando outras instalações na Bahia para integrar a infraestrutura do hub de CCS no estado.
(Com Agências).
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