Fiagros são incluídos como categoria autônoma de fundo pela Anbima

Foto: Fiagros/CanvaPro

A partir desta segunda-feira (31), a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) passou a enquadrar os Fiagros (fundos do agronegócio) como categoria autônoma de fundo na autorregulação. Por serem considerados uma categoria dentro dos fundos estruturados, os Fiagros não eram enquadrados como um fundo específico. 

Finalizada a audiência pública realizada em 10 de março, a entidade está atualizando os documentos que devem ser preenchidos pelos gestores que administram os Fiagros.

Por conta da autorregulação do AGRT (Código de Administração e Gestão de Recursos de Terceiros), até então os Fiagros seguiam as normas de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário), FIPs (Fundos de Investimento em Participações) e FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), dependendo dos ativos que compõem suas carteiras.

Agora, além de serem incluídos na autorregulação como categoria autônoma de fundo de investimento, os Fiagros tiverem em regulamento a previsão de que a classe poderá concentrar mais que 50% do patrimônio em ativos que são objeto de investimentos de outra categoria de fundo (FIIs ou FIDCs, por exemplo), o gestor deverá se submeter também às regras estabelecidas para essas categorias, segundo o “Valor”.

No que se refere às certificações, a gestão dos Fiagros seguirá sendo regida pelo requerimento de certificação CGE (Certificação de Gestores Anbima para Fundos Estruturados). 

A minuta traz a previsão de certificações CGE ou CGA (Certificação de Gestores Anbima), considerando os Fiagros cujo regulamento permite o investimento de 50% ou mais do patrimônio em ativos de FIFs (Fundos de Investimento Financeiro).

Fiagros: Grupo Safras deve pedir recuperação judicial em breve

Os Fiagros (fundos do agronegócio) parecem não ter conseguido deixar o negativismo vivido em 2024 para trás e encaram um cenário semelhante no início de 2025. Recentemente, o Grupo Safras foi mais um a anunciar que enfrenta uma crise financeira bilionária. 

A empresa do ex-prefeito de Sorriso (MT), Dilceu Rossato, se prepara para pedir recuperação judicial para tentar renegociar R$ 2 bilhões em dívidas, conforme apuração do site “The AgriBiz”.

Anteriormente, o AgroGalaxy e o Grupo Portal Agro já haviam recorrido à recuperação judicial para lidar com dívidas milionárias. 

O Grupo Safras comprou as operações da Copagri, cooperativa de produção agropecuária, agroindustrialização e comércio do Paraná em 2023. Além de deter o controle da empresa, o Grupo também assumiu um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) de R$ 150 milhões.

Pelo menos dois Fiagros têm esse CRA em suas carteiras, o Itaú Asset Rural Fiagro Imobiliário (RURA11), gerido pelo Itaú Asset, e o Vectis Datagro Crédito Agronegócio Fiagro (VCRA11), da gestora Vectis.

Cerca de 3,18% do patrimônio líquido do VCRA11 está investido no CRA da Copagri, enquanto 0,7% do PL do RURA11 está exposto ao título de dívida da cooperativa.

O Grupo Safras está adimplente com o CRA,, segundo o “The AgriBiz”, no entanto, eventuais atrasos no pagamento podem acontecer após o pedido de recuperação judicial.

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