Acionista do GPA, Nelson Tanure quer destituir conselho da empresa

O fundo de investimento Saint German, controlado pelo investidor Nelson Tanure, solicitou que o GPA convoque uma assembleia geral extraordinária para destituir o atual conselho de administração e eleger novos membros, incluindo executivos indicados pelo próprio empresário.

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O plano apresentado por Tanure prevê a eleição de um novo conselho com nove membros, dos quais três indicados por Tanure, e mandato unificado de dois anos, de acordo com fato relevante divulgado neste domingo.

Em 2024, Tanure adquiriu cerca de 9% das ações do GPA no mercado e considerava comprar papéis adicionais do grupo francês Casino, que no passado controlou a rede de varejo brasileira.

Uma expressão inicial de interesse dos representantes de Tanure foi então transmitida ao Casino, que detém 22,5% do capital da varejista. Mas até o momento, nenhum acordo foi anunciado.

Os indicados de Tanure

Tanure, atualmente o segundo maior acionista individual do GPA, depois do Casino, planeja indicar os executivos Pedro de Moraes Borba, Rodrigo Tostes Solon de Pontes e Sebastián Dario Los para o conselho de administração da varejista.

Borba é membro do conselho da Ambipar, fornecedora de serviços ambientais na qual Tanure investiu. Pontes atua como diretor financeiro e de relações com investidores da Light, que Tanure adquiriu há alguns anos, e Dario Los tem longa experiência no setor de varejo.

O GPA opera cerca de 700 lojas, principalmente no Estado de São Paulo, além de serviços de comércio eletrônico, conforme informações em seu site.

Dívida do GPA é alvo

Em uma declaração à Reuters, Tanure, conhecido por investir em processos de reestruturação corporativa, disse que deseja reduzir a dívida do GPA por meio de várias estratégias, incluindo a venda de ativos não essenciais, reavaliação e priorização de investimentos e otimização do fluxo de caixa.

“O foco em um balanço sólido permitirá que a companhia tenha mais flexibilidade em suas operações e uma maior capacidade de crescimento”, disse ele.

O GPA encerrou o quarto trimestre de 2024 com uma dívida líquida de R$1,3 bilhão, incluindo o saldo de recebíveis não antecipados.

Tanure também está propondo que o grupo identifique e avalie potenciais riscos fiscais, legais e trabalhistas. “A ideia não é apenas mitigar riscos, mas também promover um ambiente de transparência e confiança junto aos acionistas e ao mercado em geral”.

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