Dasa (DASA3): após prejuízo, CEO reforça ‘projeto de médio e longo prazo’

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Dasa / Foto: Divulgação

Após reportar um prejuízo líquido de R$ 832 milhões no quarto trimestre de 2024, uma alta de 68% em comparação com o mesmo período do ano anterior, a Dasa (DASA3) pretende realizar um reposicionamento estratégico, operacional e financeiro de longo prazo.

“O desejo é sempre aumentar a performance o mais rápido possível, pagar a dívida e desalavancar, mas isso é forjado em um projeto de médio e longo prazo. O ano de 2024 foi bastante desafiador. Apesar dos nossos cortes, tivemos um aumento do custo da dívida”, afirmou o CEO da empresa, Lício Cintra, nesta quinta-feira (27), de acordo com o Valor.

No acumulado de 2024, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 1,19 bilhão, alta de 6% em relação ao prejuízo de R$ 1,13 bilhão computado em 2023. O resultado não foi bem recebido por analistas do mercado, que apontam um fraco desempenho operacional e financeiro.

Apesar do revés, um dos destaques apresentados pelos executivos da Dasa foi a redução da relação entre dívida financeira, aquisições a pagar e antecipação de recebíveis. O patamar caiu de 4,9 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), em dezembro de 2023, para 4,08 vezes, em dezembro de 2024, representando uma redução da alavancagem de 17%.

Além disso, o executivo ressaltou a disponibilidade de caixa de R$ 1,9 bilhão, duas vezes superior às dívidas vencidas até o final de 2025, que somam R$ 939 milhões.

“Mais um trimestre onde, tudo considerado, não consumimos caixa, não deixamos a dívida aumentar, mesmo com um desembolso de juros muito grande. Entramos em um ritmo onde, entre Ebitda, capital de giro e capex, temos recursos para pagar os juros da dívida. A perspectiva agora é gerar [caixa] acima do juro da dívida”, comentou o CFO da empresa, André Covre.

Dasa (DASA3): após prejuízo, CEO reforça ‘projeto de médio e longo prazo’

A Dasa (DASA3) colocou a rede baiana de clínicas AMO à venda e já tem interessados, com a gestora Pátria sendo vista como preferida para comprar o negócio, segundo informações do “Broadcast”. A venda ocorre quatro anos depois da compra do ativo pela Dasa, por R$ 750 milhões, em julho de 2021.

O banco Itaú BBA está responsável por buscar um comprador para a rede. A expectativa é de que a venda ocorra por um valor semelhante ao que foi pago na aquisição da AMO pela Dasa.

Fundada em 1994 pelo oncologista Carlos Sampaio, a marca é líder em tratamentos de câncer na Bahia, com operações também em Aracaju (SE) e Natal (RN), totalizando 15 clínicas.

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