10 Filmes que são totalmente polarizados: Odiados e Amados da mesma forma!

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Desde que o mundo é mundo, os seres humanos inventam um motivo para brigar. Alguns problemas são importantes, porém, muitas rivalidades são criadas à troco de nada. Com os esportes acontece muito. E acredite, até mesmo no cinema existe rivalidade sobre o que o público achou de determinado filme. É claro que com a internet essas discussões apenas aumentaram, já que os que nunca tiveram voz na sociedade ganharam uma imensa plataforma para dizer o que quiserem, muitas vezes sem pensar, e poder estar confortavelmente protegido atrás de uma tela.

Toda arte é subjetiva e irá bater de uma forma diferente para cada pessoa, dependendo de seu histórico de vida. Nessa época de polarização desnecessária e suas agendas escondidas, surge também o boicote a certos filmes, antes mesmo que o grande público possa assisti-lo e tirar suas próprias conclusões. Isso ocorre quando algum grupo específico não concorda com a mensagem que acredita estar contida no longa (sem mesmo saber ao certo se o filme realmente fala sobre aquilo).

Aqui, nesta nova matéria, iremos deixar todo esse barulho de lado. Tudo isso que foi mencionado acima não invalida a possibilidade de qualquer um gostar ou não de um filme. Desde que o cinema foi criado, os críticos estavam lá, para dizer o que é bom ou não. E nós também, o público. Todos nós possuímos os filmes que gostamos e os que não gostamos, isso é legítimo. Afinal, ninguém consegue gostar de tudo o tempo todo, ou não gostar também.

Sendo assim, selecionamos abaixo os filmes menos unânimes da história do cinema. Existem aqueles filmes que são adorados pela maioria, e também os que são odiados pela maioria. Aqui, iremos apresentar os filmes que são os mais divisores, ou seja, que parecem ser amados e odiados de forma igual. Confira.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

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O grande vencedor do Oscar 2023 definitivamente não é um filme para todos os gostos e todos os públicos. Enquanto os nerds, os cinéfilos e fãs de ficção científica vibraram com a vitória de um filme de gênero, o grande público (que prefere histórias mais convencionais e não tão fora da caixinha) ficou a ver navios. Se você conversar com a grande parcela do público, fora das rodinhas cinéfilas, perceberá rapidamente a falta de apreço pelo filme que usa como o tema o multiverso.

Star Wars: Os Últimos Jedi

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No passado, a saga ‘Star Wars’ já foi a mais adorada do cinema. Seus fãs sempre foram verdadeiramente apaixonados pela trilogia original, que deu o pontapé nos blockbusters de cinema. Com a trilogia prequel a coisa foi mudando e o amor incondicional dos fãs pela franquia foi sendo colocado à prova. Finalmente nos deparamos com a trilogia mais recente, que tem um bom começo com ‘O Despertar da Força’, mas foi só ‘Os Últimos Jedi’ ser lançado, que os fãs chegaram ao cúmulo de pedir uma petição para que o longa fosse retirado da cronologia oficial – em grande parte pela forma como o herói Luke Skywalker foi retratado.

Emilia Pérez

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Quando fez sua estreia no prestigiado festival de Cannes, ‘Emilia Pérez’ foi ovacionado e rapidamente se tornou um favorito para o Oscar 2025. Os jornalistas que cobriam o evento não faltaram com elogios ao longa – ressaltando sua originalidade e inclusão ao retratar a história de um musical sobre o narcotráfico mexicano e a troca de sexo de um chefão de cartel.

Mas foi só o filme começar a ser exibido em circuito que muitos desafiaram aquelas primeiras críticas, refletindo que o filme não era isso tudo. Ao contrário, não era sequer bom. Junte a isso a rivalidade de fim de copa de mundo com o Brasil – já que era o principal concorrente de ‘Ainda Estou Aqui’, e as metidas de pés pelas mãos consecutivas da protagonista Karla Sofía Gascón, a primeira atriz trans a ser indicada ao Oscar (que conseguiu até mesmo eclipsar um feito sem precedentes e importantíssimo).

Não Olhe para Cima

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É verdade que a grande maioria das produções originais da Netflix são, como poderemos dizer, abaixo do satisfatório. Mas vira e mexe a empresa lança um filme acima da média. Não por acaso, estes filmes em sua maioria conseguem chegar até a maior noite do cinema, o Oscar, com indicações. Esse foi o caso com ‘Não Olhe para Cima’, também conhecido como o “filme do negacionismo”.

Em meio à pandemia do Corona vírus e de todo o movimento antivacina, o filme chegou como uma crítica afiadíssima e uma mensagem bem direta. O recado também pode ter sido dado aos que não acreditam nas mudanças climáticas – que estão destruindo nosso planeta. É claro que com uma crítica tão ácida assim, muitos não gostaram do que viram em tela. Mas não foi apenas uma questão ideológica ou polarização política, porque os próprios críticos não compraram tanto a ideia. Apesar disso, seu sucesso com o público é inegável.

mãe!

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Existem aqueles filmes que quando são lançados dão o que falar, mas que não resistem ao teste do tempo, sendo esquecidos alguns anos depois. Afinal, você ainda lembra de ‘mãe!’? Pois é, o filme de Darren Aronofsky, que estreou em 2017, serviu como golpe duro na carreira da menina de ouro Jennifer Lawrence. Depois disso, podemos dizer que ela ainda não se recuperou.

Na época, os anúncios o vendiam como um novo ‘O Bebê de Rosemary’, mas Aronofsky tinha ambições maiores e ainda mais fora da caixinha. Uma vez tendo assistido ao filme, metade do público ficou sem entender nada, e a outra metade deu de ombros. Mas os cinéfilos cult lutaram para fazer o filme acontecer, justificando tudo, ainda mais se fossem fãs árduos do diretor.

O Farol

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Pelo mesmo caminho do item acima seguiu ‘O Farol’, do diretor Robert Eggers. Às vezes, somos tão fãs de determinado cineasta, que custamos muito a acreditar que um de seus filmes simplesmente não é bom. Aliás, lutamos com unhas e dentes para justificar e defender. É o chamado “viver em negação”. É claro que toda arte é subjetiva, como eu disse no início do texto, mas o que fica parecendo em casos assim é que os próprios fãs lutam para gostar de algo, mesmo sem ter gostado muito verdadeiramente.

Como Eggers virou o menino de ouro dos cinéfilos após ‘A Bruxa’ (2015), seu filme seguinte PRECISAVA ser bom também, mesmo que a grande maioria não tenha entendido absolutamente nada. Mas, é claro, virou item cult. Agora, vai tentar convencer o espectador comum.

Coringa

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O mais recente ‘Coringa’, ‘Delírio a Dois’, poderia muito bem estar aqui na lista igualmente, embora este a grande maioria não tenha gostado, daí o fracasso financeiro. Mesmo assim, existem aqueles que o defendem com unhas e dentes, dizendo que a intenção do realizador era realmente quebrar a expectativa do público sobre o que receber do filme. Bem, essa é uma saída covarde, já que todo realizador de um filme ruim pode vir com essa tirada – e se a moda pega… Segundo, o público, acima de qualquer outra coisa quer apenas gostar de um filme e não odiá-lo, ou levar lição de moral de um diretor.

Seja como for, aqui falamos do primeiro ‘Coringa’, que embora tenha se tornado um sucesso retumbante, muitos acreditam que passe um recado deturpado sobre sociedade. Isso foi tão verdade e surtiu efeito que o realizador resolveu voltar atrás no segundo, e contradizer a glorificação do personagem na sequência.

Barbie

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Novamente, aqui recaímos na categoria dos falsos fãs de cinema, aquele tipo que deixa a política entrar na frente de tudo hoje em dia, até mesmo da arte e do entretenimento. Aqui, muitos “mimizentos” já choravam reclamando do filme antes mesmo de seu lançamento. E o principal problema? O filme era muito feminista, glorificava as mulheres e colocava o homem na posição que antes os homens colocavam as mulheres. Já dizia o ditado: “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. É claro que uma parcela de machistas e misóginos tentaram boicotar o filme, mas isso não impediu o sucesso avassalador do longa.

Batman vs. Superman

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Não é de hoje que todos os estúdios tentam construir o que a Disney conseguiu com a Marvel, ou seja, um universo compartilhado no qual os filmes podem se misturar em uma super franquia. A Universal Pictures tentou com o Dark Universe, mas queimou a largada com ‘A Múmia’ (2017) de Tom Cruise. O mesmo pode ser dito da rival Warner / DC, embora a maioria tenha tentado esconder o sol com a peneira (até mesmo os produtores e realizadores).

Isso porque um dos primeiros passos para a construção de tal universo não foi o que podemos chamar de sucesso retumbante. Muito pelo contrário. ‘Batman vs. Superman’ não teve o melhor dos desempenhos. A crítica caiu de pau e a bilheteria ficou bem abaixo do esperado. Mas na época dizer isso dava até morte, pois os fãs xiitas defendiam que era a oitava maravilha do mundo com unhas e dentes. E assim os produtores forçaram a barra, tentando ajeitar as coisas por mais doze filmes. Mas não teve jeito e o universo DC de Zack Snyder precisou descansar em paz.

Crepúsculo

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O Fandom é uma coisa muito curiosa. Afinal, o que nos faz gostar de algo e a defender com unhas e dentes? Recai no que eu disse no começo do texto, é arranjar qualquer motivo que seja para brigar. Se eu gosto de alguma coisa e você não gosta, você claramente está errado e deveria gostar também. É mais ou menos assim que funciona uma mente infantilizada. E quem lembra da época que os filmes de ‘Crepúsculo’ estavam nos cinemas, movimentando milhões?

Os livros dos vampiros apaixonados já possuía sua base de fãs consolidada, em sua maioria meninas e adolescentes. Se qualquer adulto ousasse contrariar e apontar que os filmes não eram assim tão bons, ou sequer o material fonte, podia ter certeza que a seção de comentários iria inundar com adolescentes furiosas. Isso não impediu ‘Crepúsculo’ de ser zoado em tudo quanto era lugar, ou sequer dos filmes nos cinemas continuarem a fazer rios de dinheiro. Ou seja, no final foi bom para todo mundo.

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