Dólar volta a subir e fecha a R$ 5,73, seguindo exterior e de olho em tarifas de Trump

O dólar à vista fechou nesta quarta-feira, 26, em alta ante o real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior em meio às preocupações em torno da política tarifária do governo dos Estados Unidos.

O dólar à vista fechou em alta de 0,43%, aos R$ 5,7328, após ter recuado na sessão anterior. No ano, a divisa dos EUA acumula queda de 7,22% ante o real. Veja cotações.

Às 17h14 na B3 o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,56%, aos R$5,7390.

O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, voltando a orbitar o patamar dos 133 mil pontos no melhor momento, em movimento apoiado pelas blue chips Petrobras e Vale, na esteira do avanço dos preços do petróleo e do minério de ferro no exterior.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,34%, a 132.519,63 pontos, marcando 132.983,92 pontos na máxima e 132.068,02 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$21,5 bilhões.

O dia do Ibovespa

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de mais de 1%, em performance pressionada pelo recuo das ações da Nvidia e da Tesla, enquanto investidores permanecem atentos ao noticiário envolvendo a nova política comercial dos Estados Unidos.

Na visão do especialista em investimentos Lucas Almeida, sócio da AVG Capital, apesar da tensão externa, onde permanecem incertezas sobre as tarifas norte-americanas, o Brasil está se beneficiando de fluxo estrangeiro e recuperação de commodities.

“Se o cenário externo não piorar, pode haver espaço para o mercado local seguir firme no curto prazo”, afirmou.

DESTAQUE

– PETROBRAS PN avançou 0,94%, em dia positivo para petrolíferas, acompanhando a alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou com elevação de 1,05%. No setor, BRAVA ENERGIA ON subiu 6,63%, tendo ainda no radar notificação da gestora BTG Pactual WM de aquisição de ações, atingindo aproximadamente 5,23% na empresa.

– VALE ON fechou em alta de 0,61%, endossada pelo avanço dos contratos futuros do minério de ferro na Ásia, apoiados pela demanda sazonal pela commodity, embora cortes de produção por parte de algumas siderúrgicas chinesas tenham limitado novos ganhos.

– BRASKEM PNA saltou 9,68%. Para Almeida, o movimemto pode estar relacionado a uma possível expectativa de desinvestimentos ou reestruturação. Ele destacou que o papel está bastante descontado em relação aos pares e, diante do cenário técnico mais favorável, investidores parecem antecipar compras e pressionar novas altas no papel.

– LOCALIZA ON valorizou-se em 4,75%, no segundo pregão seguido de alta. Na véspera, a Abla, associação que representa locadoras de veículos do Brasil, afirmou que o setor não deve elevar as compras de carros novos este ano. MOVIDA ON, que não está no Ibovespa, disparou 9,79%.

– AUTOMOB ON caiu 7,41%, tendo no radar proposta aprovada pelo conselho de administração para grupamento de ações na proporção de 50 por 1. Na véspera, as ações fecharam a R$0,27. A proposta será votada em assembleia de acionistas convocada para 25 de abril.

– JBS ON recuou 2,7%, mesmo após resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$10,79 bilhões nos últimos três meses do ano passado, alta de 111,4% ano a ano. A JBS se mostrou otimista apesar de cenário desafiador para carne bovina nos EUA. No setor, MINERVA ON caiu 3,18% e MARFRIG ON cedeu 1,48%.

– ITAÚ UNIBANCO PN encerrou em baixa de 1,08%, destoando da tendência positiva entre os grandes bancos de varejo do Ibovespa. BRADESCO PN avançou 1,63%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 0,66% e BANCO DO BRASIL ON subiu 1,19%.

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