Grupo Cinel, de Washington Cinel, tenta reduzir dívida em 40%

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O Grupo Cinel, do empresário Washington Cinel, conseguiu que seu plano de recuperação judicial junto aos credores fosse aprovado recentemente. A expectativa da empresa é diminuir sua dívida total de R$ 1,7 bilhão em 30% a 40%, com deságio e amortizações.

“Queremos quitar a maior parte das dívidas ainda este ano para o grupo sair o mais rápido possível da recuperação judicial”, afirmou Paulo Goulart, líder da reestruturação do grupo.

Os negócios do Grupo são compostos pela Handz, controladora da Gocil, uma das maiores empresas de segurança privada do país, e também companhias em outras áreas, como agronegócio, por meio de empresas como a Agrocin. 

O pedido de recuperação judicial do Grupo Cinel foi feito em setembro de 2023. Da dívida total, cerca de R$ 1 bilhão está em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e Fiagros (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais), enquanto o restante da quantia estava principalmente com bancos, como BB e BNB.

O deságio será de 70% e 80%, respectivamente, na fatia das dívidas com garantia real e créditos quirografários. De acordo com o “Pipeline”, o pagamento será em 12 anos, com dois anos de carência e custo de TR mais 2%.

O Grupo Cinel está vendendo ativos –  como terras agrícolas, principalmente no Maranhão, voltadas para a produção de arroz, soja, milho e cana-de-açúcar – com o objetivo de levantar recursos para pagar os credores. 

Além disso, a empresa também tomou um financiamento de cerca de R$ 75 milhões na modalidade DIP (Debtor-in-possession) com o BTG Pactual, que será usada no pagamento de dívida trabalhista e custeio das empresas. Outros empréstimos também estão sendo negociados pela companhia.

O grupo Cinel encerrou o ano passado com um faturamento de R$ 800 milhões, queda de 33% em relação aos R$ 1,2 bilhão registrados em 2023.

Dívida global supera US$ 100 trilhões, segundo OCDE

dívida pública e corporativa em todo o mundo ultrapassou US$ 100 trilhões em 2024. A informação foi divulgada na quinta-feira (20) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que destacou o impacto da elevação dos custos com juros, levando tomadores de empréstimos a enfrentar escolhas difíceis e a priorizar investimentos produtivos.

Entre 2021 e 2024, os custos com juros, como parcela da produção, subiram do nível mais baixo para o mais alto dos últimos 20 anos. Os gastos dos governos com pagamentos de juros atingiram 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em seus países-membros, superando os gastos com defesa, conforme apontou a OCDE em um relatório sobre a dívida global.

Embora os bancos centrais estejam cortando as taxas de juros no momento, os custos de empréstimos seguem muito mais altos do que antes das elevações iniciadas em 2022. Dessa forma, a dívida com taxas mais baixas continua sendo substituída, e os custos com juros provavelmente permanecerão em alta no futuro.

Isso acontece em um momento em que os governos enfrentam grandes despesas. O Parlamento da Alemanha aprovou nesta semana um plano para impulsionar a infraestrutura e reforçar os gastos com defesa na Europa. Além disso, os custos de longa data da transição ecológica e do envelhecimento da população estão se tornando desafios cada vez mais urgentes para as principais economias.

“Essa combinação de custos mais altos e dívidas mais altas corre o risco de restringir a capacidade de empréstimos futuros em um momento em que as necessidades de investimento são maiores do que nunca”, afirmou a OCDE em seu relatório anual sobre a dívida. As informações foram obtidas pelo Investing.

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