Selic em alta impulsiona oportunidades nos leilões imobiliários

Na imagem podemos ver uma folha, que ilustra um contrato, que está em baixo de uma caneta. Ao fundo podemos ver uma casinha, que parece um ítem de decoração. Imagem de ilustração da matéria sobre leilões imobiliários
Foto: FreePik

O Banco Central anunciou um novo aumento na taxa Selic, que agora está em 14,25%. O mercado já especula que esse índice pode ultrapassar os 15% até o final do ano.

O impacto imediato desse movimento é a migração de investimentos da bolsa para a renda fixa, ao mesmo tempo em que influencia o setor imobiliário, reduzindo o volume de financiamentos e aumentando a oferta de imóveis em leilões.

Dados da Superbid Exchange indicam que o volume de leilões imobiliários em 2024 cresceu 86% em relação ao ano anterior.

Gustavo Amaral, CEO da Zipin, hub de investimentos imobiliários, analisa o cenário: “Com financiamentos mais caros, cresce a inadimplência e, consequentemente, aumenta a quantidade de imóveis disponíveis para leilão.

Além disso, parte dos investidores que atuavam nesse segmento podem migrar para renda fixa, reduzindo a concorrência e tornando os arremates mais vantajosos para quem permanece neste mercado.”

Aumento na oferta e projeção de crescimento do mercado de leilões

Em 2023, o número de leilões registrados foi de 4.371. Já em 2024, esse volume saltou para 8.145, um crescimento expressivo que acompanha a alta da Selic. A Superbid também aponta um aumento de 156,7% nas vendas e projeta que, em 2025, o mercado de leilões deve crescer mais 70%.

Esse crescimento é impulsionado pela oferta crescente de imóveis, muitas vezes arrematados com descontos entre 50% e 70%.

Para investidores capitalizados, esse cenário se torna atraente, já que o custo de aquisição reduzido pode garantir uma margem de lucro significativa na revenda ou locação dos ativos.

Investidores aproveitam redução da concorrência no setor

Amaral observa que a alta da Selic está remodelando o perfil dos investidores que permanecem no mercado de leilões.

“Vemos que, principalmente novos investidores, preferem migrar para a renda fixa porque encontram ali um retorno financeiro previsível. Qual é o impacto para aqueles que continuam no mercado de leilões? Menos concorrência. Então, sob vários aspectos, essa alta da Selic acaba sendo positiva para quem continua atuando neste segmento.”

A digitalização do setor tem contribuído para o crescimento do mercado, tornando os leilões mais acessíveis. Com plataformas online facilitando a participação de novos perfis de investidores, a expectativa é que o setor continue expandindo nos próximos meses.

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