Moody’s diz que força fiscal dos EUA deve seguir declinando

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A força fiscal dos EUA está a caminho de um declínio contínuo nos próximos anos, enquanto os passivos orçamentários avançam e a dívida se torna menos sustentável, afirmou a agência Moody’s nesta terça-feira (25).

Em relatório recente, a agência destacou que a saúde fiscal do país se deteriorou ainda mais desde que a perspectiva sobre a nota AAA dos EUA foi reduzida pela Moody’s em novembro de 2023.

“Mesmo em um cenário econômico e financeiro muito positivo (…) a capacidade de pagamento da dívida permanece materialmente mais fraca do que a de outros países soberanos com recomendação AAA e altamente qualificados”, disse a Moody’s, segundo a “CNN”.

Além disso, a agência tem projeção de que a dívida em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA aumentará para cerca de 130% até 2035, de quase 100% em 2025.

Por sua vez, deve haver uma piora na capacidade de pagamento da dívida em um ritmo mais rápido. Comparado com os 9% em 2021, os pagamentos de juros devem representar 30% da receita até 2035, segundo a agência.

Dentre as três principais agências de recomendação do mercado, a Moody’s é a última a manter uma recomendação máxima para a dívida soberana dos EUA, mesmo tendo reduzido sua perspectiva no final de 2023 devido a déficits fiscais mais amplos e pagamentos de juros mais altos.

A Fitch reduziu o rating soberano dos EUA em um grau, de AAA para AA+, em 2023, devido à deterioração fiscal e as negociações sobre o teto da dívida que ameaçam a capacidade do governo de pagar suas contas. Antes disso, a Standard & Poor’s retirou sua principal recomendação dos EUA após a crise do teto da dívida de 2011.

Política monetária pressiona margens e atrasa expansão de empresas, diz Moody’s

O aumento dos juros no Brasil, a alta da inflação e a forte depreciação cambial pressionaram o fluxo de caixa e devem reduzir a rentabilidade das companhias em 2025. Esse cenário envolvendo a política monetária pode limitar a capacidade das empresas de cumprir suas obrigações financeiras, de acordo com a Moody’s.

Os analistas da casa destacaram que a desvalorização do real terá impacto maior sobre organizações que dependem de uma moeda local forte para manter seu fluxo de caixa, além daquelas com grande parte da dívida denominada em dólares.

“Setores com alta alavancagem, como o imobiliário, serviços públicos e telecomunicações, são particularmente vulneráveis, pois geralmente dependem de financiamento baseado em dívida local significativa para manter suas operações e gastos de capital”, comentaram os analistas, segundo o Valor.

A agência de classificação de risco apontou que empresas como Azul, Usina Coruripe Açúcar e Álcool e Oceânica Engenharia e Consultoria estão entre as mais afetadas por esse cenário.

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