Morre aos 63 anos Han Jong-Hee, CEO da Samsung

Han Jong-Hee, CEO da Samsung e responsável pelas divisões de eletrônicos de consumo e dispositivos móveis, faleceu nesta terça-feira (25) aos 63 anos após sofrer um ataque cardíaco.

A Samsung Electronics confirmou a morte de Han Jong-Hee, que também ocupava uma cadeira no conselho da empresa, informando que o executivo morreu enquanto recebia tratamento em um hospital. Sua morte representa uma perda significativa para a companhia, que enfrenta um momento desafiador em diversos setores estratégicos.

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Uma carreira de quase 40 anos na Samsung

Han assumiu o cargo de co-CEO da Samsung em 2022, atuando ao lado de outros executivos dentro da tradicional estrutura de liderança dupla da empresa, que separa as áreas de semicondutores e eletrônicos. Com sua morte, Jun Young-hyun, que havia sido promovido recentemente, passa a ser o único CEO da gigante sul-coreana.

Com quase quatro décadas de trajetória na Samsung, Han foi uma peça-chave na consolidação da empresa como líder global no setor de televisores. Mais recentemente, ele comandava a visão da Samsung para a inteligência artificial nos dispositivos móveis, uma das frentes consideradas prioritárias para os próximos anos.

Impacto na estratégia de marketing e eletrodomésticos

Analistas apontam que sua ausência pode ter efeitos duradouros sobre as estratégias de marketing e expansão da divisão de eletrodomésticos, setor no qual Han vinha promovendo mudanças estruturais.

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A transição de liderança ocorre em um momento delicado para a companhia. A Samsung tem enfrentado dificuldades no setor de semicondutores, com queda nos lucros e desvalorização das ações. A concorrência acirrada com empresas como SK Hynix e TSMC tem pressionado a companhia, especialmente no mercado de chips de memória avançada.

Perda de liderança no mercado de smartphones

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No segmento de smartphones, a Samsung perdeu recentemente a liderança global para a Apple, acendendo um alerta interno sobre a necessidade de inovação e adaptação ao mercado atual. No último encontro anual com acionistas, Han reconheceu os desafios e afirmou que o ano de 2025 seria especialmente difícil.

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Na ocasião, ele alertou sobre a importância de flexibilidade diante de novas políticas comerciais, incluindo mudanças vindas da administração do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Investidores expressaram frustração com a incapacidade da Samsung de se beneficiar do crescimento do setor de inteligência artificial.

A visão de Han para o futuro com IA

Han Jong-Hee foi o idealizador da chamada estratégia “Super Gap”, que visava ampliar as vantagens da Samsung sobre os concorrentes. Entre suas iniciativas mais recentes, destacou-se a parceria com o Google para o desenvolvimento do Galaxy AI, incluindo recursos como o “Circle to Search”.

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Essa estratégia posicionava a Samsung como uma das principais concorrentes no emergente mercado de inteligência artificial aplicada a dispositivos móveis. A morte de Han representa um duro golpe para esse projeto e deixa uma lacuna de liderança num momento crítico da companhia.

Jun Young-hyun assume o comando sozinho

Agora, caberá a Jun Young-hyun conduzir a empresa em meio a um cenário instável e competitivo. Nomeado para o cargo de co-CEO na semana passada e já responsável pela divisão de semicondutores, Jun foi confirmado como CEO único em comunicado recente divulgado na bolsa de valores sul-coreana.

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A morte repentina de Han Jong-Hee representa não apenas uma perda humana para a Samsung, mas também um momento de reflexão e reestruturação estratégica. Seu legado, especialmente nas áreas de televisores, inteligência artificial e integração com o ecossistema Android, certamente continuará influenciando os rumos da empresa nos próximos anos.

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