Ibovespa abre em alta com divulgação da ata do Copom; dólar cai

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Ibovespa / Freepik

Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta terça-feira (25) em alta, com atenções voltadas à ata do Copom (Comitê de Política Monetária). Agentes do mercado também reagem ao IPC-S Capitais, à Sondagem do Consumidor de março e às falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Por volta das 10h17 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,28% aos 131.689 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma queda de 0,55%, cotado a R$ 5,7330.

A ata da última reunião do Copom sinalizou que o BC (Banco Central) deve elevar novamente os juros em maio. Porém, a alta deve ser menor que a determinada na semana passada, de 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano. As expectativas de agentes do mercado apontam para uma alta de 0,5 ponto percentual na ocasião.

Também influenciam o Ibovespa o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) Capitais da terceira quadrissemana e a Sondagem do Consumidor de março, divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta terça-feira (25). Outro destaque é o discurso de Haddad em evento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Na política brasileira, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa o julgamento da denúncia da PGR (Procurador-Geral da República) que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro réu. Já nos EUA, investidores estão atentos ao discurso da diretora do Fed (Federal Reserve), Adriana Kugler.

Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa

As apostas em opções do Copom mostram que 67% dos agentes acreditam que deve haver um aumento nos juros de 0,5 ponto percentual na decisão do BC em maio, de acordo com o painel de probabilidades da B3. Na ata divulgada nesta terça-feira (25), o comitê não falou de altas posteriores.

“Para além da próxima reunião, a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação”, afirmou o BC, na ata. Mesmo assim, segue no debate um possível aumento em junho.

Sinalizações do Fed também movem o Ibovespa. Além do discurso de Kugler, estão previstas para hoje falas do presidente do Fed de Nova York, John Williams e, às 11h, os EUA divulgam dados de confiança do consumidor e de vendas de novas moradias. Tudo isso ainda em meio às expectativas para as tarifas de Trump.

Os mercados internacionais têm reagido às possíveis consequências das ameaças tarifárias do presidente dos EUA. Na Ásia e Pacífico, as bolsas mostraram que investidores estão cautelosos. Enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 2,35%, o Hang Seng Tech caiu 3,82%.

No mundo corporativo, agentes do mercado reagem à notícia de que a TIM (TIMS3) vai distribuir R$ 490 milhões em JCP (juros sobre capital próprio) a seus acionistas. O pagamento vai ocorrer até 30 de abril de 2026 e vão ter direito ao pagamento os investidores com posições acionárias em 31 de março de 2025.

Além disso, o mercado aguarda os balanços do quarto trimestre de 2024 da Bradespar (BRAP4), JBS (JBSS3) e da Boa Safra (SOJA3), que ocorrem após o fechamento do pregão.

EUA

O destaque desta terça-feira (25) é a divulgação dos dados de confiança do consumidor de março, das vendas de imóveis novos em fevereiro e de manufatura do Richmond Federal Reserve para março. Também está prevista a participação da governadora do Fed, Adriana Kugler, e do presidente do Fed de Nova York, John Williams, em eventos.

Nesta segunda-feira (25), o presidente do Fed (Federal Reserve) de Atlanta, Raphael Bostic, disse que as tarifas devem dificultar a desinflação, o que o levou a prever somente um corte na taxa básica de juros em 2025. Porém, declarações mais moderadas de Trump sobre as tarifas animaram o mercado.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,16%

S&P 500 Futuro: -0,17%

Nasdaq Futuro: -0,30%

Bolsas asiáticas

As bolsas da Ásia-Pacífico apresentaram movimentos mistos, com investidores atentos à política tarifária dos EUA. As maiores perdas, de 2%, ocorreram no Índice Hang Seng, de Hong Kong. Os mercados da região foram pressionados principalmente pelas ações de tecnologia.

Shanghai SE (China), 0,00%

Nikkei (Japão): +0,46%

Hang Seng Index (Hong Kong): -2,35%

Kospi (Coreia do Sul): -0,62%

ASX 200 (Austrália): +0,07%

Bolsas europeias

Os mercados da Europa estão em alta, apesar de temores relacionados às tarifas dos EUA. A comercialização de carros caiu 3,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta foi a maior queda em cinco meses. As incertezas econômicas têm levado a uma queda no consumo.

  • FTSE 100 (Reino Unido): +0,35%
  • DAX (Alemanha): +0,04%
  • CAC 40 (França): +0,44%
  • FTSE MIB (Itália): +0,34%
  • STOXX 600: +0,24%

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