Petrobras: Funcionários farão greve em defesa do teletrabalho

Os funcionários da Petrobras (PETR3; PETR4) aprovaram uma greve de advertência de 24 horas para o dia 26 de março, em protesto contra mudanças no regime de teletrabalho e outras reivindicações trabalhistas. A decisão foi tomada em assembleias organizadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que divulgou a paralisação dia 24.

A Petrobras costuma ativar equipes de contingência durante greves para minimizar impactos nas operações, especialmente em paralisações de curta duração. O movimento ocorre em meio a um impasse com a atual gestão da estatal, que, segundo a FUP, tem reduzido a participação em fóruns de negociação coletiva.

A principal pauta da greve envolve a ampliação do regime de trabalho presencial. Atualmente, funcionários administrativos da Petrobras comparecem ao escritório dois dias por semana, mas a empresa pretende aumentar essa exigência para três dias a partir de 7 de abril, sem acordo com os sindicatos, conforme aponta a FUP. Além disso, os trabalhadores protestam contra a redução da remuneração variável e reivindicam a recomposição dos efetivos e a garantia de segurança em toda a companhia e suas prestadoras de serviço.

Impacto no mercado

A decisão da greve ocorre em um momento de maior volatilidade para as ações da Petrobras. O banco UBS BB reduziu o preço-alvo dos papéis preferenciais da estatal (PETR4) de R$ 51 para R$ 49, mas manteve a recomendação de compra, destacando que, apesar do aumento dos riscos, a empresa continua atrativa por seus dividendos e perspectivas de crescimento.

Os analistas do banco ressaltaram que os investimentos da Petrobras acima do guidance em 2024 elevaram a percepção de risco sobre os papéis. No entanto, argumentam que o mercado pode estar excessivamente pessimista quanto ao capex da companhia.

A projeção do UBS BB para os dividendos da Petrobras em 2025 foi ajustada para um retorno de 13,2%, ante os 16,5% estimados anteriormente, mas ainda superior à média de grandes empresas internacionais. Segundo o relatório, os dividendos da estatal oferecem um prêmio de 2,6 pontos percentuais sobre os pares europeus e de 6,2 pontos percentuais em relação a companhias dos Estados Unidos.

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