Juros futuros sobem com foco no fiscal, e ponta curta volta a 15%

Alta dos juros/Foto: Freepik

Após a descompressão de risco no início de 2025, os juros futuros voltaram a demonstrar sensibilidade à pauta fiscal nesta segunda-feira (24), em meio às discussões sobre as medidas do governo para estimular a demanda.

Na semana passada, as taxas futuras subiram em ritmo acelerado, impulsionadas pela postura mais conservadora do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. A sinalização de uma Selic mais elevada no ciclo de aperto levou investidores a recalibrarem suas expectativas.

Ao fim do pregão, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) registraram as seguintes variações:

  • DI para janeiro de 2026: de 14,955% para 15,03%;
  • DI para janeiro de 2027: de 14,765% para 14,92%;
  • DI para janeiro de 2029: de 14,535% para 14,72%;
  • DI para janeiro de 2031: de 14,66% para 14,84%.

Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries também avançaram, impulsionados por novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump e por dados econômicos que indicaram robustez da economia norte-americana. Segundo as informações do Valor, a taxa da T-note de dez anos subiu de 4,258% para 4,340%.

Haddad: juros do consignado a celetista vai ser menor que 3%

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a taxa de juros cobrada pelos bancos no empréstimo consignado aos trabalhadores celetistas vai ser inferior a 3% ao mês. As declarações foram feitas na última sexta-feira (21) ao podcast “Inteligência Ltda”.

Segundo o ministro, atualmente, os juros para o consignado a esses trabalhadores fica entre 5% e 6%. “Esperamos que a concorrência entre os bancos faça essa taxa cair mais ainda”, disse Haddad.

“Quanto mais estável for o setor da economia e mais estável for o empregado, maior chance de aproximar taxa de juros (do trabalhador celetista) da cobrada dos servidores públicos e dos aposentados, que é menos de 2% (ao mês)”, acrescentou o ministro.

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