SAF do Cuiabá emite R$ 20 milhões em debêntures

O Cuiabá Esporte Clube, por meio de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF), captou R$ 20 milhões no mercado de capitais com a emissão de debêntures-fut.

O recurso tem como objetivo melhorar o fluxo de caixa, especialmente após investimentos significativos em infraestrutura, como o centro de treinamento; além disso, ocorre após o rebaixamento do time para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Cuiabá e a emissão de Debêntures-Fut

A Semear Banco de Investimentos estruturou a operação, composta por duas séries de debêntures, com remuneração de CDI + 5% e CDI + 7%.

O título terá um prazo de 24 meses até o vencimento, com um período de 180 dias para captação.

O clube utilizará o dinheiro arrecadado para fortalecer o fluxo operacional, e assim, aliviará a pressão financeira.

Impacto do rebaixamento nas finanças do Cuiabá

Após ser promovido à Série A em 2021, o Cuiabá experimentou um aumento significativo nas receitas, chegando a R$ 168,5 milhões em 2024.

No entanto, o rebaixamento para a Série B impactou a receita do clube em cerca de 50%. O clube compensou parte dessa perda reduzindo os custos com atletas.

A utilização do centro de treinamento como garantia

O centro de treinamento, avaliado em R$ 50 milhões, serve como garantia para as debêntures emitidas.

Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, destacou que o investimento no CT foi fundamental durante os anos na Série A; além disso, somou mais de R$ 40 milhões.

A emissão de debêntures-Fut no futebol brasileiro

As debêntures-fut, regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), possuem uma característica única: possibilidade de remuneração variável baseada no desempenho esportivo.

No caso do Cuiabá, os títulos não incluem essa remuneração, mas seguem o modelo tradicional de débito com vencimento de 24 meses.

Dívida controlada e expectativa de retorno

O “dourado” se destaca por ter mantido uma das dívidas mais baixas entre clubes brasileiros, com apenas R$ 841 mil em empréstimos e financiamentos.

O clube também possui R$ 34 milhões a receber pela venda de atletas; portanto, esse valor é superior à captação das debêntures.

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