Hypera (HYPE3) vai lançar um novo concorrente do Ozempic

A Hypera (HYPE3) tem planos de lançar no Brasil um novo medicamento baseado no princípio ativo do popular Ozempic, remédio criado para o tratamento de diabetes que também tem sido usado em tratamentos de emagrecimento.

O CEO da farmacêutica, Breno de Oliveira, afirmou que a ideia é lançar o medicamento assim que a patente da Novo Nordisk “cair”.

“Estamos trabalhando para lançar assim que cair a patente e estamos bastante otimistas com esse produto a partir do ano que vem”, afirmou o CEO durante a teleconferência de resultados como investidores e analistas nesta sexta-feira (21), segundo o “Money Times”.

A patente da substância semaglutida, o princípio ativo utilizado na fabricação de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Rybelsus, vai expirar em março do próximo ano. Com isso, o preço do medicamento, que atualmente gira em torno de R$800 a R$1.500 no Brasil, deve sofrer uma redução.

Há uma expectativa de que não haverá uma queda muito grande no preço do medicamento, semelhante ao que ocorreu com outros medicamentos genéricos, segundo Oliveira. Isto porque parte do otimismo é derivado de uma  diante da custos mais altos de produção e disponibilidade menor de canetas aplicadoras.

“Não esperamos degradação tão grande dessa categoria (semaglutida) no curto prazo”, comentou o presidente da Hypera. 

“Tem quatro players que já têm pedido de registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não sabemos quando cada um deve lançar, mas já sabemos de alguns players“, acrescentou o executivo.

Um desses players seria a farmacêutica EMS, que já foi autorizada pela Anvisa para produzir a liraglutida em dezembro do ano passado — outro princípio ativo do Ozempic e semelhante à semaglutida. No ano passado, a EMS também já fez propostas de fusão com a Hypera, porém o negócio não foi à frente.

Hypera (HYPE3) recua 74% no lucro do 4TRI24 , a R$ 79 mi

A Hypera Pharma (HYPE3) reportou um lucro de R$ 79 milhões no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda de 74,4% em comparação ao mesmo período de 2023. Já o lucro líquido das operações continuadas alcançou R$ 79,5 milhões, registrando uma redução de 74,2%.

No período entre outubro e dezembro, a companhia viu sua receita líquida cair 18,2% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 1,51 bilhão.

De acordo com a empresa, essa diminuição foi em grande parte atribuída ao aumento dos descontos promocionais aplicados nas vendas de medicamentos genéricos para consumidores finais, visando impulsionar as vendas.

O Ebitda da empresa (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no quarto trimestre somou R$ 137,7 milhões, o que representa uma queda de 76,3%. No caso das operações continuadas, o Ebitda foi de R$ 136,9 milhões, também com uma redução de 76,4% em comparação ao mesmo período de 2023.

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