Consignado privado começa nesta sexta-feira; entenda como solicitar o empréstimo

O governo federal disponibilizou a partir desta sexta-feira, 21, uma nova opção de crédito consignado privado, denominado Programa Crédito ao Trabalhador. O sistema promete juros mais baixos do que aqueles praticados atualmente no mercado, e está disponível para 47 milhões der trabalhadores com carteira assinada, incluindo categorias que até então não eram atendidas por essa modalidade, tais como domésticos, rurais e contratados por Microempresas Individuais (MEIs).

Por ora, o caminho para que seja feita essa simulação e o pedido de empréstimo é por meio da Carteira de Trabalho Digital.

Em uma simulação feita pela reportagem na manhã desta sexta-feira com base em um pedido de empréstimo de R$ 1.000 a ser pago em 12 parcelas, o sistema informou que o valor total a ser cobrado seria de R$ 1.208,40 numa taxa de 3,04% ao mês.

No total, o valor do empréstimo teve acréscimo de R$ 208,40, ou 20,8% em relação ao valor original.

Uma outra simulação foi feita, agora fora do consignado. Foi simulado pedido de empréstimo de R$ 1.000 a ser pago em 12 parcelas, o sistema de um banco particular informou que o valor total a ser cobrado seria de R$ 1.367,88, com uma taxa de 3,03% ao mês, além das parcelas do seguro de R$ 3,86.

No total, o valor do empréstimo teve acréscimo de R$ 208,40, ou 20,8% em relação ao valor original.

Como o valor total neste banco particular ficou em 1.367,88, seria R$ 159,48 mais barato pelo Programa Crédito ao Trabalhador.

Confira o passo a passo de como solicitar o empréstimo consignado privado

– Acesse a CTPS Digital na sua loja de aplicativos para Android ou iOS;

– Assim que logar no sistema, seja por meio do gov.br ou sua biometria (para quem já tiver cadastrado), na página principal, haverá um banner com o nome do programa. Clique nele;

– Na próxima aba, em outro banner, serão oferecidas mais informações sobre o programa antes de acessar a simulação, e, logo abaixo, o botão “Faça uma simulação”, que deve ser acessado;

– Ele irá mostrar o seu vínculo trabalhista, o valor máximo de empréstimo que você pode pedir, e, logo embaixo, duas caixas que devem ser preenchidas denominadas “De quanto você precisa?” e “Em quantas parcelas você quer pagar?”;

– Após o preenchimento, clique no botão azul logo embaixo: “Simular empréstimo”;

– Ele informará qual é a taxa de referência e valor total a ser pago;

– Depois, o sistema informa que as instituições poderão oferecer condições ainda melhores;

– Para seguir com a proposta, é necessário concordar em compartilhar os dados.

– Depois disso, em até 24 horas, os bancos irão fornecer outras opções, que podem ser melhores do que as informadas anteriormente.

Quais dados serão compartilhados?

Segundo a simulação feita pela reportagem, serão compartilhados os seguintes dados:

– CPF;

– Nome completo;

– Data de nascimento;

– Se pessoa é exposta politicamente;

– CNPJ/CPF do empregador;

– Matrícula do trabalhador;

– Valor máximo de parcela disponível para empréstimo;

– Se é elegível para empréstimo;

– Valor do empréstimo;

– Número de parcelas;

– Data e hora da simulação.

Quem pode solicitar?

Ele é voltado para trabalhadores com carteira assinada (CLT), além de trabalhadores rurais, domésticos e empregados por MEIs que, até então, não tinham acesso a crédito consignado privado.

Qual é o limite?

O valor máximo que você pode comprometer do seu salário com o empréstimo é de 35%.

Como será feito o desconto?

As parcelas serão descontadas diretamente do seu contracheque, também chamado de holerite ou comprovante de pagamento.

E se eu for demitido?

Nesse caso, os valores pendentes poderão ser descontados das suas verbas rescisórias, limitados a 10% do saldo do FGTS e ao total da multa rescisória, se aplicável.

E se o valor do acerto não for suficiente?

Caso esses valores não sejam suficientes para cobrir a dívida, ela será vinculada ao seu eSocial e retomada assim que você conseguir um novo emprego sob regime CLT.

Qual é a vantagem do novo empréstimo consignado privado?

Segundo o governo federal, os juros mais baixos. No lançamento do programa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que a média atual dessa modalidade de empréstimo é de 103% ao ano, que cairia para 40% com a nova modalidade.

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