Descubra quem gerencia melhor o dinheiro: homens ou mulheres

Um levantamento recente do banco UBS revelou um crescimento significativo na riqueza acumulada por mulheres em todo o mundo. Atualmente, há 344 bilionárias que, juntas, controlam cerca de US$ 1,7 trilhões (R$ 9,8 trilhões*). Tal cenário reflete um aumento notável no poder econômico feminino, embora a disparidade em relação aos homens continue evidente.

Apesar do avanço, as mulheres ainda enfrentam desafios substanciais no mercado de trabalho. Diferenças salariais, falta de oportunidades e barreiras legais são fatores que contribuem para tal desigualdade. O estudo aponta ainda que a igualdade de gênero poderia elevar o PIB global em até US$ 28 trilhões (R$ 155 trilhões*).

Mulheres do mundo todo apresentaram grandes fortunas nos últimos anos, apesar das desigualdades de gênero – Imagem: Jakub Zerdzicki/Pexels

Perfil das investidoras

O relatório destaca que as investidoras tiveram um perfil mais conservador em comparação aos homens. Elas dedicam mais tempo à pesquisa e tendem a seguir planos de investimento com mais rigor, além de se preocuparem mais com a gestão de riscos.

Em 2020, as mulheres possuíam 32% da riqueza privada global, com projeções que indicavam crescimento. Contudo, segundo um índice de 2022, elas acumulam apenas 74% da riqueza dos homens globalmente. A disparidade deve-se a vários fatores, incluindo serviços de creche e trabalhos domésticos não remunerados.

A maternidade representa um dos maiores desafios para a igualdade de gênero no trabalho. Estudos mostram que, na Dinamarca, as mulheres sofrem uma redução salarial de 20% após o primeiro filho. No Japão, a primeira e a segunda gravidez resultam em penalizações salariais permanentes.

Desigualdade em setores estratégicos

Apesar do aumento no número de mulheres com graduação e pós-graduação, elas são sub-representadas em áreas como ciência e tecnologia. A falta de confiança entre meninas e jovens mulheres é um fator relevante. Nos Estados Unidos, muitas da geração Z duvidam de sua capacidade nessas áreas.

Além disso, a participação das mulheres no mercado financeiro como gestoras ainda é pequena:

  • Em 2021, 4% dos responsáveis por family offices eram mulheres;

  • Apenas 3,5% dessas empresas eram lideradas por mulheres;

  • No venture capital, as mulheres representam 19% dos tomadores de decisão.

Acesso ao crédito

O acesso ao crédito também apresenta disparidades. Em regiões como Europa e Ásia, homens têm cinco pontos percentuais a mais de chance de conseguir crédito formal. Na América Latina, essa diferença alcança até 12 pontos percentuais, o que evidencia uma desigualdade persistente.

Portanto, mesmo com as mulheres acumulando mais riqueza, as barreiras econômicas e sociais para elas ainda são significativas. A superação dessas desigualdades poderia trazer benefícios econômicos amplos e duradouros para a sociedade global.

* Valores de conversão consultados no dia 6 de março de 2025.

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