Basf muda de estratégia para avançar no mercado de inseticidas

A Basf está apostando no combate à cigarrinha-do-milho como nova estratégia para avançar no mercado de inseticidas. O segmento movimentou US$ 6,4 bilhões no Brasil no ano passado, de acordo com o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal). As informações são do “Globo Rural”.

A empresa tem forte presença no mercado de fungicidas e o combate à praga do milho, com o desenvolvimento de um novo produto, é a primeira grande aposta nos inseticidas. Nas áreas de maior incidência, a cigarrinha-do-milho chega a causar perdas de produtividade de até 70%, de acordo com dados da Embrapa.

Mesmo já atuando no segmento, o lançamento representa um marco de mudança de estratégia, já que esse é o primeiro produto 100% desenvolvido pela companhia. Antes, a empresa usava ingredientes ativos de parceiros.

O novo produto foi aprovado em dezembro do ano passado e deve começar a ser vendido no Brasil no segundo semestre de 2025. O lançamento é global e o país vai ser o primeiro na América Latina onde o produto vai ser comercializado. Segundo a empresa, no futuro o inseticida também deve ser indicado para outras culturas.

Produto da Basf combate transmissão de bactérias

A cigarrinha-do-milho é um inseto do tamanho de um grão de arroz que pode transmitir dois tipos de doenças causadas por bactérias da classe Mollicutes (chamadas de enfezamentos) e o maize rayado fino vírus (ou vírus da risca do milho). As plantas de milho com enfezamento formam menos raízes, podem ficar pequenas e improdutivas.

As espigas produzidas podem ter um tamanho reduzido e menos grãos. Além disso, as plantas com enfezamento ficam vulneráveis a outras doenças.

O produto da Basf, em vez de focar apenas na morte rápida do inseto, faz com que a cigarrinha fique letárgica e não se alimente, dessa forma, não transmitindo as bactérias que causam o enfezamento, já que elas são passadas quando o inseto suga a seiva da planta.

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