Fluxo cambial fica negativo em US$ 783 milhões

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Foto: Dólar / Divulgação

O fluxo cambial teve uma saída líquida de US$ 783 milhões entre 5 e 7 de março, como informou o BC (Banco Central) nesta quarta-feira (12). A conta comercial foi responsável pela entrada líquida de US$ 311 milhões no período. Enquanto isso, a conta financeira teve uma saída de US$ 1,094 bilhão.

No acumulado deste ano, o fluxo cambial teve saída líquida de US$ 7,964 bilhões e, o fluxo financeiro, de US$ 10,959 bilhões. Por sua vez, o fluxo comercial teve uma entrada de US$ 2,995 bilhões.

PIB do Brasil deve ter impacto mínimo das tarifas de Trump

As tarifas de 25% impostas por Donald Trump sobre a importação de aço e alumínio nos EUA, começaram a ser aplicadas nesta quarta-feira (12), mas devem ter um impacto de 0,01% no PIB do Brasil, segundo estimativa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O instituto também calculou que a tarifa também reduzirá as exportações brasileiras em 0,03%. No entanto, Mas o segmento de Metais Ferrosos no Brasil deve sentir um impacto expressivo, com queda de produção de 2,19% e redução de 11,27% das exportações.

O Ipea acredita que a tarifa norte-americana traria uma perda de exportação equivalente a US$1,5 bilhão e de 1,6 milhão de toneladas, segundo o “InfoMoney”.

“Considerando que quase toda a redução se dará nas vendas para os EUA, as exportações para este país teriam queda de 36,2%. Em termos macroeconômicos, o impacto no Brasil seria insignificante, de queda de 0,01% do PIB e de 0,03% das exportações totais”, afirmou o estudo do Ipea.

O setor siderúrgico no Brasil deve ser afetado diretamente em mais de 10% do faturamento devido a taxa de importação norte-americana. 

“E a dependência deste mercado é ainda maior no caso dos produtos semiacabados (placas e lingotes), visto que cerca de 90% das vendas brasileiras para os EUA concentram-se nesses produtos”, destacou o documento.

O presidente do Instituto Aço Brasil, que representa empresas como Gerdau e Usiminas, Marco Polo de Mello Lopes, afirmou que espera que um novo regime especial, como as cotas aplicadas no primeiro mandato de Trump, que estavam em vigor desde 2018, seja adotado para o Brasil.

“A gente continua com a expectativa já que os canais foram abertos em nível muito alto entre os dois governos para a gente tentar reestabelecer o acordo do regime de cotas”, disse o presidente do Aço Brasil, em entrevista à “Reuters”.

“Mostramos que nossa exportação para eles é complementar; são placas de aço que vão ser laminadas pela própria indústria norte-americana. O Brasil exporta para indústria dele, ou seja, tudo leva a crer que a gente vai reestabelecer o acordo de cotas“, adicionou Lopes.

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