Energia dispara 16,8% e puxa inflação; especialista analisa impactos

Energia dispara 16,8% e puxa inflação; especialista analisa impactos
Foto: Energia/CanvaPro

A inflação oficial do Brasil, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que acelerou em fevereiro e atingiu 1,31%, o maior índice para o mês desde 2003, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O principal fator para essa alta foi o aumento de 16,8% na tarifa de energia elétrica residencial, que reverteu o desconto aplicado em janeiro com o chamado “Bônus Itaipu”, que concedia descontos para consumidores residenciais e rurais com consumo mensal inferior a 350 kWh.

“O bônus era aplicado quando o consumo mensal é inferior a 350 kWh. Dessa forma, esse valor vem da conta de comercialização de energia de Itaipu, cujo saldo positivo terminava revertido com crédito para reduzir o valor das contas de energia dos consumidores residenciais e rurais”, explica Paula Klajnberg, cofundadora da Electy, marketplace de energia limpa.

O saldo positivo da conta de comercialização de energia da Usina de Itaipu, que financiava esse desconto, acabou integralmente repassado em janeiro, resultando na alta das tarifas no mês seguinte.

Inflação sobe e ultrapassa o teto da meta

O IPCA acumulado em 12 meses chegou a 5,06%, superando pelo quinto mês consecutivo o limite de tolerância de 4,5% estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Além disso, o Banco Central prevê que a inflação seguirá acima desse patamar pelo menos até junho, o que pode exigir justificativas da autoridade monetária para o descumprimento da meta.

Setores mais impactados pela inflação

  • Educação: +4,7%, impulsionado pelo reajuste de mensalidades escolares, com altas expressivas no ensino fundamental (+7,51%), ensino médio (+7,27%) e pré-escola (+7,02%).
  • Habitação: +4,44%, refletindo o aumento da energia elétrica.
  • Alimentação e bebidas: +0,7%, com impacto do clima sobre os alimentos in natura.
  • Transportes: +0,61%, influenciado pelo reajuste no ICMS dos combustíveis.

Energia pode subir mais nos próximos meses

A previsão para o primeiro semestre contempla novos aumentos na conta de luz devido ao reajuste anual das tarifas e à possível mudança para as bandeiras tarifárias amarela ou vermelha, a depender do nível dos reservatórios.

“O reajuste acabou aplicado apenas para consumidores residenciais e rurais, sem impacto direto sobre o setor industrial, o que reduz o risco de repasse para a cadeia produtiva”, destaca Klajnberg.

Em suma, consumidores podem buscar alternativas para economizar na conta de luz. “Os residenciais e comerciais podem aderir ao mercado de geração distribuída, conhecido como assinatura solar, enquanto consumidores industriais podem migrar para o mercado livre de energia”, afirma Klajnberg.

A Electy e outras plataformas oferecem soluções de energia renovável, que pode ser uma opção estratégica para reduzir custos e garantir maior previsibilidade no valor da tarifa.

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