Lula: ‘não adianta Trump gritar porque não tenho medo de cara feia’

Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu respeito por parte de Donald Trump, presidente dos EUA, e afirmou que não adianta que o republicano “fique gritando” porque isso não o assusta. No plano de fundo da declaração, o diálogo o Brasil está tentando manter com os EUA para um acordo sobre as tarifas de importação ao aço brasileiro impostas pelo republicano. 

“Nós não queremos o Brasil para nós, nós queremos o Brasil para vocês”, declarou o presidente Lula ao público presente em evento da montadora Stellantis, em Betim (MG).

“E é por isso que eu digo sempre: não adianta o Trump ficar gritando de lá porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo, porque eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado”, continuou.

Lula fez os comentários um dia depois de o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ter afirmado, em entrevista à rádio CBN, estar buscando um entendimento “ganha-ganha” com os EUA nas discussões tarifárias.

O Brasil é o segundo maior exportador de aço para país norte-americano, atrás apenas do Canadá.

Lula considera tomar ‘medidas drásticas’ contra alta dos alimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai tomar atitudes mais drásticas caso não encontre uma “solução pacífica” para conter a alta nos preços dos alimentos. As declarações ocorreram nesta sexta-feira (7), em um evento de anúncio de novas entregas do programa Terra da Gente, em Campo Novo (MG).

Nesta quinta-feira (6), o governo anunciou que vai zerar impostos de importação de itens como café, açúcar e carnes, além de estabelecer incentivos para a produção de itens da cesta básica no próximo Plano Safra. O governo federal também está pedindo para que governos estaduais zerem o ICMS para produtos de alimentação básica.

“Estamos tentando encontrar uma solução pacífica (…) Se não encontrar, vamos ter que tomar atitudes mais drásticas porque o que interessa é gerar comida barata na mesa da população”, disse Lula, sem dar detalhes sobre quais seriam essas medidas.

Com a alta nos preços, o governo considerou, inclusive, taxar exportações agrícolas, o que gerou repercussão negativa no setor do agronegócio. O presidente mencionou os embarques em seu discurso, questionando se as exportações não teria impacto direto na inflação dos alimentos no país.

Lula também citou o preço do ovo e da proteína animal, defendendo o lucro do produtor rural contra os acréscimos de “atravessadores” entre os agricultores e pecuaristas e o consumidor. “Vamos descobrir quem é o responsável por isso”, afirmou.

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