Minas na sucessão presidencial

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Mesmo as eleições sendo ainda no ano que vem, as conversas já estão nas ruas e alguns mais afoitos sobre o palanque. O mundo político se assanhou, em especial a oposição, claro, com a queda de Lula em todas as pesquisas de opinião mais recentes, atingindo um nível que nem de longe vislumbrou nos dois outros mandatos.

O aparente principal opositor, Bolsonaro, pelo andar da carruagem, continuará inelegível, não estando distante de estar preso quando das eleições. O ex-presidente, como forma de manter aceso o grupo que o apoia, como forma de pressão política sobre seus julgadores, insiste em se posicionar como candidato, travando um pouco as articulações da direita para a indicação de uma candidatura. Sabe, porém, que está distante disso.

Lula, ao contrário, é candidatíssimo, como afirmou o senador Humberto Costa, que ficará interinamente na presidência do PT até julho, apesar das quedas nas pesquisas. Para reverter o quadro atual, o presidente iniciou um intenso programa de viagens pelo país lançando obras e programas, uma estratégia que deu certo outras vezes, mas que muitos consideram temerária agora.

Lula é o único nome viável, até agora, da chamada esquerda. As pesquisas não indicam alternativas ao seu nome. Na direita, com Bolsonaro inelegível, as pesquisas indicam que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, seria, hoje, o nome com maiores chances de vencer Lula numa disputa direta. Tarcísio, no entanto, já disse inúmeras vezes que não pretende se arriscar numa disputa presidencial e permanece no cargo para tentar a reeleição.

Surge, então, o nome do governador Romeu Zema, que tem ótimos índices de aprovação em Minas, como a melhor alternativa da centro direita, mas para isto precisará deixar o seu partido, o Novo, que tem disputas internas que poderão dificultar o lançamento de seu nome. E Zema já assumiu que pretende disputar. Dos nomes postos até aqui como representantes da direita, é o que mais vem incomodando Lula.

Os próximos meses serão decisivos para a chamada direita. O Supremo Tribunal Federal já deixou claro que pretende julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros acusados de tentativa de golpe até o meio do ano, evitando, assim, que o caso se arraste até o ano eleitoral. O resultado do julgamento deverá definir o quadro das candidaturas, com influência também nas eleições estaduais. É esperar para ver.

 

 

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