EUA: ‘índice do medo’ avança mais de 17% visando recessão

Foto: Pixabay

Na sessão desta segunda-feira (10), o Vix, também conhecido como “índice do medo”, avança mais de 17%, refletindo os temores do mercado em relação a uma possível recessão nos EUA.

Por volta das 14h55 (horário de Brasília), o Vix subia 17,85%, a 27,50 pontos. Esse é um dos principais indicadores do mercado usado para medir a volatilidade. A Bolsa de Valores de Chicago é responsável pelo cálculo, medindo as oscilações nos preços dos contratos de opções negociados no S&P 500, índice de referência no mercado de ações dos EUA.

Quando há maior aversão ao risco, o Vix sobe, em reflexo do “medo” dos investidores com o cenário incerto. E ao contrário, quando o mercado demonstra apetite ao risco, com as Bolsas em alta, o “índice do medo” tende a operar em baixa.

Os EUA passam por uma série de implementações de políticas econômicas do presidente Donald Trump, que não descartou a possibilidade de uma recessão no país. Questionado no programa “Sunday Morning Futures”, quanto à previsão de uma retração da atividade econômica norte-americana, o republicano se esquivou da pergunta.

“Eu odeio prever coisas assim. Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta para a América. Isso é uma grande coisa. E sempre há períodos de — leva um pouco de tempo. Leva um pouco de tempo, mas acho que deve ser ótimo para nós”, disse, na entrevista que foi exibida no domingo (9).

Além disso, o presidente dos EUA minimizou a recente reviravolta no mercado de ações, decorrente da imposição e ajuste de tarifas, e defendeu a sua estratégia.

Warren Buffett paga a maior conta de impostos da história aos EUA 

Em sua carta anual aos acionistas, Warren Buffett escreveu que sua empresa, a Berkshire Hathaway, pagou US$26,8 bilhões em impostos para o governo dos EUA em 2024. É o maior valor já pago por uma empresa à nação.

O pagamento de impostos da empresa em 2024 representou 5% do total de impostos corporativos coletados no ano. Desde a ascensão de Buffet ao cargo de dirigente, a empresa já pagou US$101 bilhões em impostos. Buffett lembrou que após assumir o controle da empresa em 1965, a companhia não havia pagado “um único centavo” de imposto de renda naquele ano.

O megainvestidor fez um apelo ao governo americano, salientando que esse comportamento pode ser passível em startups, mas é uma falha de vigilância quando ocorre em uma das maiores empresas do país. As informações são do portal EInvestidor

Imposto maior

O oráculo de Omaha afirmou não estar preocupado com a quantia cedida ao governo: “Gaste-o com sabedoria. Cuide dos muitos que, por nenhuma culpa própria, recebem as menores partes na vida. Eles merecem mais”, escreveu na carta. “E nunca esqueça que precisamos de você para manter uma moeda estável, e esse resultado requer tanto sabedoria quanto vigilância da sua parte.”

É improvável que a Berkshire pague tanto em impostos no futuro, porque a alta conta de impostos foi desencadeada, principalmente, pela venda de ações da Apple altamente valorizadas. “Obrigado, Tio Sam”, brincou Buffett. “Um dia, seus sobrinhos e sobrinhas na Berkshire esperam enviar-lhe pagamentos ainda maiores do que fizemos em 2024.”

Ao que parece, o CEO de 94 anos aparentemente não se importaria em pagar uma conta de impostos maior no futuro, e reiterou sua afirmação frequentemente repetida de que o sucesso da Berkshire não poderia ter acontecido em nenhum outro país.

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