Alckmin garante que não há heterodoxia na redução de alimentos

Brasília (DF), 03/12/2024 – O vice-presidente Geraldo Alckmin e presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam do lançamento e implementação da Missão 1 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em entrevista concedida à rádio CBN nesta segunda-feira (10), o vice-presidente Geraldo Alckmin garantiu que não há medidas pouco ortodoxas nas tentativas do governo de diminuir os preços dos alimentos.

Segundo o político, as medidas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terão efeito gradual nas prateleiras dos supermercados e reconheceu que as baixas na safra devido ao clima, e a alta do dólar foram determinantes para o aumento dos preços. “Isso não é em 24 horas”, ponderou Alckmin.

O ministro do Desenvolvimento também fez um apelo aos estados para que isentassem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). “Nós entendemos a realidade de cada estado, por isso não é obrigatório. É uma proposta. E também não precisa zerar todos, porque isso vai passar.” 

Segundo Alckmin, a proposta seria uma forma de ajudar a aliviar a pressão sobre os consumidores. Ele afirmou que também não planeja tributar exportações do agronegócio em resposta às declarações do presidente de que o governo poderia tomar medidas mais drásticas caso os preços não caíssem.

Lula considera tomar ‘medidas drásticas’ contra alta dos alimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai tomar atitudes mais drásticas caso não encontre uma “solução pacífica” para conter a alta nos preços dos alimentos. As declarações ocorreram nesta sexta-feira (7), em um evento de anúncio de novas entregas do programa Terra da Gente, em Campo Novo (MG).

Nesta quinta-feira (6), o governo anunciou que vai zerar impostos de importação de itens como café, açúcar e carnes, além de estabelecer incentivos para a produção de itens da cesta básica no próximo Plano Safra. O governo federal também está pedindo para que governos estaduais zerem o ICMS para produtos de alimentação básica.

“Estamos tentando encontrar uma solução pacífica (…) Se não encontrar, vamos ter que tomar atitudes mais drásticas porque o que interessa é gerar comida barata na mesa da população”, disse Lula, sem dar detalhes sobre quais seriam essas medidas.

Com a alta nos preços, o governo considerou, inclusive, taxar exportações agrícolas, o que gerou repercussão negativa no setor do agronegócio. O presidente mencionou os embarques em seu discurso, questionando se as exportações não teria impacto direto na inflação dos alimentos no país.

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