Agroindústria avança 2% em 2024, mas recua em dezembro

Foto: CanvaPro

O ano passado foi um positivo para a agroindústria, que encerrou com um crescimento de 2% na comparação com 2023, segundo pesquisa da FGVAgro. Esse é o maior avanço para um ano desde 2010, quando a produção cresceu 6%.

Os segmentos de Produtos Alimentícios e Bebidas, junto com o de Produtos Não-Alimentícios, foram os responsáveis por puxar o crescimento da Agroindústria no período, com expansão de 1,5% e 2,6%, respectivamente.

Os analistas da FGVAgro indicaram que entre os motivos para o desempenho dos setores ressalta-se a demanda aquecida no mercado interno, sobretudo no primeiro semestre de 2024, para alimentos e bebidas. 

Além disso, houve recuperação consistente principalmente dos Insumos Agropecuários – apesar de terem finalizado o ano com queda de 0,5%), Produtos Têxteis e Florestais, que avançaram 4,1% e influenciaram positivamente o segmento de Produtos Não-Alimentícios, segundo o “Money Times”.

Porém, mesmo com o resultado favorável em 2024, a Agroindústria registrou um recuo de 0,5% em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2023, sendo aquele o segundo mês consecutivo de queda interanual, o que preocupa para o desempenho da Agroindústria este ano.

Paralelamente, a FGVAgro alertou para os sinais de que a economia brasileira esteja entrando em um processo de desaceleração, devido ao ciclo de alta da taxa de juros e a corrosão do poder de compra do mercado interno pela inflação.

“A maior aversão ao risco associado à economia brasileira e as incertezas na economia mundial, inclusive devido à possibilidade de atritos comerciais mais contundentes. Enfim, este ano deverá apresentar obstáculos adicionais para a economia brasileira e mundial, naturalmente, com reflexos sobre a agroindústria”, apontaram os analistas.

Agroindústria recua em novembro, após forte avanço

O Índice de Produção Agroindustrial PIMAgro, da FGV Agro (Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas), caiu 3,1% em novembro em relação ao mesmo mês de 2023, após forte avanço em outubro.

Dessa forma, é possível que a agroindústria encerre 2024 com um desempenho abaixo da expectativa para o ano, de 2,7%, e até próximo de 2%, avalia o FGV Agro. Ainda, para o centro, os números colocam em dúvida sobre como o segmento deve iniciar 2025.

Enquanto as expectativas de safra recorde para os grão geram algum otimismo, a alta do dólar e a desaceleração da economia trazem incertezas.

No acumulado de 2024, o setor teve uma alta de 2,2%, a maior observada desde 2010. A maior queda de novembro foi para o setor de alimentos e bebidas, com baixa de 5%, com destaque para uma queda de 8,4% no setor de bebidas (e 10,6% para a indústria de não alcoólicas).

Entre os alimentos, houve recuo de 4,3%, com queda na produção de conservas e sucos, refino de açúcar, arroz e moagem de trigo. A contração na produção das indústrias de derivados vegetais caiu 9,4%.

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