Trump cita Brasil em discurso sobre tarifas: ‘cobram demais dos EUA’

Trump cita Brasil em discurso sobre tarifas: 'cobram demais dos EUA'

Trump cita Brasil em discurso sobre tarifas: 'cobram demais dos EUA'
“O povo me elegeu para fazer o trabalho, e eu estou fazendo isso”, afirmou Trump em discurso (Foto: WhiteHouse/Fotos Públicas)

Em discurso na sessão conjunta do Congresso americano na noite desta terça-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu as tarifas e citou o Brasil como um dos países que “cobram demais dos Estados Unidos”. O republicano anunciou tributos de 25% em todos os produtos do Canadá e México e de 10% em produtos chineses. Além disso, ressaltou que a medida serve como um incentivo para que empresas estabeleçam fábricas no país.

A medida é defendida por Trump apesar de um esperado aumento nos preços dos produtos que grande parte dos estadunidenses compram – desde café a tomates e gasolina. Uma pesquisa recente da CBS News/YouGov mostra que 80% dos americanos querem que Trump se concentre na economia e na inflação, mas apenas 29% disseram que acham que ele está priorizando “muito” a inflação.

O presidente iniciou o discurso na sessão ressaltando as medidas tomadas por seu governo nas primeiras seis semanas da administração. Trump afirmou que seu governo estava “apenas começando”. Mais de uma vez, o republicano ressaltou que a sua vitória eleitoral foi um “mandato” da população americana.

A fala de Trump foi interrompida por protestos da bancada democrata e o congressista Al Green, do partido da oposição, foi removido do Congresso. Após a retirada, o atual presidente listou as ações tomadas pelo seu governo em temas como imigração e burocracia federal. Ainda celebrou a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o desmantelamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

“O povo me elegeu para fazer o trabalho, e eu estou fazendo isso”, diz Trump. O republicano destacou que sobreviveu a múltiplas acusações criminais e acusou o ex-presidente Joe Biden de orquestrar as acusações. Também o classificou como o “pior presidente da história dos Estados Unidos”.

Além disso, o presidente culpou Biden pela inflação e disse que quer aprovar uma legislação de corte de impostos. “Agora, pela primeira vez na história moderna, mais americanos acreditam que nosso país está indo na direção certa do que na direção errada”, disse Trump.

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Trump fala sobre Elon Musk

Depois de 20 minutos de discurso, Trump citou o bilionário Elon Musk pela primeira vez. O republicano agradeceu Musk por seu trabalho no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) e apontou exemplos de como a ajuda internacional americana estava sendo usada antes da volta de Trump à Casa Branca.

O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo homem mais rico do mundo, está desmantelando agências governamentais, reduzindo a força de trabalho federal e obtendo acesso a dados confidenciais do governo – tudo em uma tentativa, segundo o departamento, de “restaurar a democracia”.

Mas a maior parte do que o Serviço DOGE dos EUA está fazendo sob o comando de Musk está sob escrutínio legal, com os tribunais analisando se isso viola as leis de privacidade, os direitos dos funcionários federais e os controles e equilíbrios da Constituição.

O DOGE agiu tão rapidamente que está sendo alvo de críticas cuidadosas até mesmo de alguns republicanos, preocupados com o fato de que os serviços básicos do governo – e a manutenção de ameaças contra o país – poderiam ser prejudicados. As pessoas que fazem a manutenção das armas nucleares dos Estados Unidos foram demitidas e depois recontratadas às pressas.

*Sob supervisão da editora Cecília Itaborahy, com informações da Agência Estado

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