Brazil Iron entra na disputa por ativos da Bamin

Mina da Bamin (Bahia Mineração) — Foto: Divulgação/Bamin

A Brazil Iron, empresa mineradora, é a mais nova interessada em investir na Bamin (Bahia Mineração), um dos ativos avaliados pela Vale, segundo apuração do Valor. De acordo com as fontes, a aproximação da empresa tem vistas para uma potencial aquisição, e as conversas com o acionista controlador estão em estágio inicial.

Anteriormente, o BPMoney já havia noticiado, com exclusividade, que o Governo Federal estava em busca de investidores para participar da compra da empresa e que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) ficaria com 50% da Bamin, enquanto a Vale (VALE3) ficaria com 30% e outros 20% seriam do novo investidor.

O tamanho do investimento para viabilizar o projeto economicamente junto com a demora para obter algumas licenças, segundo as fontes do veículo, são as grandes dificuldades para avançar na venda da Bamin, segundo essas fontes.

Os valores relacionados ao negócio envolvem, além do preço de venda, de pouco mais de US$ 1 bilhão, outro montante na faixa dos US$ 3,5 bilhões a US$ 5 bilhões, que devem ser aplicados na operação e em infraestrutura logística para levar o minério extraído da Mina Pedra de Ferro, na região de Caetité, até um terminal portuário.

A mineradora Bamin é controlada pelo Eurasian Resources Group (ERG), um dos maiores produtores mundiais de cobalto e também de cobre. Um dos principais acionistas do grupo é a República do Cazaquistão. 

Há alguns anos o ERG, que assumiu o controle da mineradora baiana em 2010, tem buscado um comprador para o projeto. Nesse movimento, o grupo chegou a abrir negociações com um grupo chinês, mas as tratativas não vingaram.

Como está a operação da Bamin?

A operação da Bamin tem registrado um baixo volume de cerca de 1 milhão de toneladas, e expectativa de chegar a 26 milhões de toneladas por ano de capacidade produtiva já em 2026.

Porém, a ampliação da produção depende, essencialmente, dos investimentos em logística. “É um projeto complexo em termos de infraestrutura. Hoje ainda não tem a logística adequada”, comentou uma das fontes, segundo o jornal.

O portfólio de ativos da Bamin inclui a mina Pedra de Ferro, localizada em Caetité (BA), um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, em Ilhéus (BA).

Quanto à Brazil Iron, mineradora de capital privado e envolvida com o desenvolvimento de um projeto de mineração de ferro na Chapada Diamantina, nos municípios de Piatã, Abaíra e Jussiape, na Bahia. 

O empreendimento tem previsão de beneficiamento do minério, infraestrutura ferroviária e plantas siderúrgicas, com produção de ferro briquetado a quente (HBI), insumo para obtenção do aço “verde”. Os investimentos estão estimados em US$ 5 bilhões.

De acordo com uma das fontes, os projetos da Bamin e da Brazil Iron “se encaixam” e estão a menos de 300 quilômetros em linha reta, vão compartilhar infraestrutura ferroviária e têm minério com teores de alta qualidade.

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