5 anos após pandemia: Veja investimentos com melhores e piores retornos

Desde fevereiro de 2020, o mercado financeiro passou por transformações profundas, refletindo os impactos da pandemia, da inflação global e das políticas econômicas adotadas ao longo dos anos. Levantamento da consultoria Elos Ayta analisou o retorno dos principais investimentos no Brasil nos últimos cinco anos e mostra quais ativos entregaram os melhores desempenhos e quais ficaram para trás.

Bitcoin: O destaque absoluto

Entre todos os ativos analisados, o Bitcoin (BTC) foi, de longe, o campeão de valorização, com uma alta de 1.192,39%. A crescente adoção institucional, a busca por ativos descentralizados e o cenário de liquidez global ajudaram a criptomoeda a alcançar retornos extraordinários.

Renda variável internacional se sobressai

O BDRX, índice que acompanha os recibos de ações estrangeiras negociados na B3 (BDRs), acumulou valorização de 164,55% no período. O desempenho reflete tanto a alta das bolsas internacionais, especialmente dos Estados Unidos, quanto a valorização do dólar frente ao real.

Renda fixa: Estabilidade e retornos sólidos

Com a alta dos juros nos últimos anos, os investimentos em renda fixa tiveram retornos bastante competitivos. O CDI, principal referência para aplicações de baixo risco, rendeu 52,86% no período. O Ima Geral, que reflete o desempenho dos títulos públicos no mercado secundário, acumulou alta de 42,53%, enquanto o IHFA, que representa os fundos multimercado, avançou 41,57%.

O IDIV, que reúne ações de empresas pagadoras de dividendos, teve um desempenho de 35,17%, reforçando a tese de que ações com fluxo de caixa mais previsível tendem a ter maior resiliência em tempos de incerteza.

Por outro lado, alguns investimentos perderam para o IPCA acumulado do período, que foi de 33,39%. Confira quais foram. 

Ibovespa

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, teve um retorno bem mais modesto, de 11,83%, evidenciando a dificuldade do mercado acionário doméstico em entregar ganhos expressivos no longo prazo. 

Small caps

O setor de small caps (SMLL), ainda mais sensível ao cenário macroeconômico e ao aperto monetário, registrou uma expressiva queda de -34,61%, mostrando o impacto da alta dos juros sobre empresas menores e mais alavancadas.

Poupança

A poupança, mesmo com um modelo menos atrativo frente ao CDI, teve retorno de 32,84%, enquanto o IFIX, índice dos fundos imobiliários, subiu apenas 2,97%, prejudicado pelo impacto da pandemia sobre o setor de escritórios e pela concorrência da renda fixa de juros elevados.

 

Dólar e Euro Ptax

O dólar Ptax, referência oficial do câmbio brasileiro, valorizou 29,83%, enquanto o euro Ptax subiu 25,07%. Ambos os ativos serviram como proteção contra os momentos de maior estresse no mercado, especialmente nos primeiros anos da pandemia e nos períodos de incerteza política e fiscal.

 

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