Jony Ive comenta criação do primeiro iMac, importância do iPhone e mais em entrevista

O ex-chefão de design da Apple, Jony Ive, participou do podcast “Desert Island Discs” (da BBC), durante o qual abordou alguns assuntos interessantes que revelam detalhes da sua passagem pela companhia.

O lendário designer, que ajudou a criar produtos como o iMac, iPhone e Apple Watch, também falou sobre sua experiência com Steve Jobs (cofundador e ex-CEO ¹ da companhia), defendendo a reputação do executivo de ser exigente.

Lembro que ele costumava dizer: “Eu realmente não quero que você — quando eu não estou aqui — fique pensando, bem, o que Steve faria?” E toda vez que penso: “O que Steve faria?” Eu penso: “Ha! Estou fazendo exatamente o que você não queria!”

Ive revelou que, no dia em que se conheceram, ele e Jobs começaram a trabalhar no que viria a ser o primeiro iMac — cujo projeto levou apenas duas/três semanas.

Lembro-me tão claramente, não foi nem quatro meses depois que nos conhecemos, foi o primeiro dia. Não há nada como uma tarefa impossível para tirar sua mente da ansiedade. Estávamos a poucos dias de falir. Então começamos no primeiro dia em que nos conhecemos no que se tornou o iMac.

Levou duas ou três semanas para projetá-lo. É difícil acreditar que em 1997 as pessoas ainda estavam lutando para entender o papel do PC; que elas ainda estavam intimidadas. Então o design era sobre fazer as pessoas se sentirem confortáveis ​​em usar um PC.

Ele comentou ainda algumas decisões de design da máquina, como a alça na parte superior e a multiplicidade de cores.

O propósito de ter uma alça na parte superior do iMac era torná-lo diferente. Adicionamos cores translúcidas para que os consumidores falassem sobre isso em vez de MHz e especificações. O design parecia vivo.

O designer também explanou seus sentimentos e a responsabilidade que sentiu por ajudar a dar o pontapé inicial na revolução dos smartphones com o primeiro iPhone:

Eu celebro e sou encorajado pela contribuição muito positiva [do iPhone], o empoderamento, a liberdade que é fornecida a tantas pessoas de tantas maneiras.

As consequências não tão positivas, quero dizer, elas não foram intencionais, mas elas não importam em relação a como me sinto responsável. Isso pesa e contribui para as decisões que tomei desde então, e decisões que tomarei no futuro.

A conversa abrangeu diversos outros tópicos, desde trabalhar com seu pai, um ourives, até sua saída da Apple para formar a LoveFrom.

O bate-papo pode ser conferido, na íntegra, nessa página.

via MacStories

Notas de rodapé