Goldman Sachs reduz projeções para setor de shoppings

Fonte: Pixabay

O Goldman Sachs revisou suas projeções para os shopping centers listados na Bolsa brasileira, reduzindo os preços-alvo da Multiplan (MULT3), Iguatemi (IGTI11) e Allos (ALOS3) em 3%, 8% e 8%, respectivamente. Apesar do ajuste, o banco mantém recomendação de compra para Multiplan e Iguatemi, devido a fatores que podem impulsionar o crescimento dos aluguéis em 2025.

Mesmo com a perspectiva de uma possível desaceleração do consumo, os analistas do Goldman destacam que os resultados do quarto trimestre de 2024 mostraram um desempenho positivo para ambas as companhias. A instituição acredita que esse ritmo se manteve nos dois primeiros meses deste ano, conforme indicaram as próprias empresas.

O Goldman avalia que um dos principais fatores que devem fortalecer os aluguéis é a retomada da alta do IGP-M (Índice Geral de Preços) — amplamente utilizado para reajustes contratuais de aluguel. Após passar grande parte de 2023 e o início de 2024 no campo negativo, o indicador fechou o ano passado com alta de 6,5%, possibilitando que os contratos sejam corrigidos novamente.

Goldman vê taxa de ocupação atraente em Iguatemi e Multiplan

Além disso, outro ponto levantado foi a alta taxa de ocupação, que segue acima de 90% nos empreendimentos das duas empresas. A Iguatemi, por exemplo, registrou no fim de 2024 sua segunda maior taxa de ocupação trimestral, chegando a 97,7%. Além disso, um grande volume de contratos assinados em 2023 deve gerar reajustes reais nos aluguéis a partir de 2025, dado que os contratos permitem aumentos após o segundo ano de vigência.

Apesar da visão otimista em relação ao crescimento dos aluguéis, os analistas afirmam que há receio entre investidores sobre a possibilidade de desaceleração das vendas, o que pode reduzir o poder de precificação dos shopping centers.

Nesse sentido, as condições macroeconômicas seguem no radar dos investidores, com indicadores que trazem preocupações sobre o desempenho do setor de shoppings no Brasil. Segundo o “InfoMoney”, enquanto os juros nominais de longo prazo caíram e a inflação implícita apresentou alívio, os juros reais de dez anos atingiram o maior patamar desde 2008.

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