Google lança ferramenta de IA para cientistas

O Google anunciou o desenvolvimento de uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) chamada “co-cientista de IA”, projetada para auxiliar pesquisadores na aceleração de estudos biomédicos. Esta inovação visa identificar lacunas no conhecimento existente e propor novas ideias, potencialmente revolucionando o processo de descoberta científica.

Empresas de tecnologia têm investido bilhões de dólares em modelos e produtos de IA, acreditando que essa tecnologia pode transformar setores como saúde, energia e educação. O “co-cientista de IA” do Google exemplifica essa tendência, oferecendo aos pesquisadores uma ferramenta poderosa para potencializar suas investigações.

O que estamos tentando fazer com nosso projeto é ver se tecnologias como o co-cientista de IA podem dar superpoderes a esses pesquisadores“, afirmou Alan Karthikesalingam, cientista clínico sênior do Google.

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Testes iniciais mostram resultados promissores

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Testes iniciais da ferramenta, realizados em colaboração com especialistas da Universidade de Stanford, do Imperial College London e do Hospital Houston Methodist, demonstraram resultados promissores. Em um dos estudos, a IA conseguiu replicar as conclusões de pesquisadores do Imperial College sobre um novo mecanismo de transferência de genes relacionado à propagação da resistência antimicrobiana.

Notavelmente, esses resultados ainda não estavam disponíveis publicamente, pois aguardavam revisão por pares em uma revista científica de prestígio. Isso indica que a ferramenta do Google foi capaz de chegar às mesmas hipóteses em questão de dias, enquanto a equipe acadêmica levou anos de pesquisa para alcançar as mesmas conclusões.

Além disso, a ferramenta auxiliou pesquisadores de Stanford na identificação de medicamentos existentes que poderiam ser reutilizados para tratar a fibrose hepática, uma condição grave caracterizada pelo acúmulo de tecido cicatricial no fígado. O co-cientista de IA sugeriu dois tipos de medicamentos que os cientistas de Stanford confirmaram ser eficazes no tratamento da doença.

Acreditamos que será uma ferramenta com potencial para mudar a forma como lidamos com a ciência“, disse José Penadés, professor do Departamento de Doenças Infecciosas do Imperial College e membro da Iniciativa Fleming, que participou do estudo sobre o novo mecanismo de transferência de genes.

Como funciona a IA para cientistas do Google

A funcionalidade da ferramenta baseia-se em vários agentes de IA que simulam o processo científico. Por exemplo, um agente é especializado em gerar ideias, enquanto outro analisa e reflete sobre essas propostas, conforme explicou Vivek Natarajan, cientista de pesquisa do Google.

Divulgação/Google

O modelo é capaz de extrair informações de artigos científicos e bancos de dados especializados disponíveis online gratuitamente, além de utilizar outras ferramentas, como o AlphaFold. Após analisar os dados, a IA apresenta aos pesquisadores uma lista classificada de propostas com explicações detalhadas e links para as fontes originais, permitindo que os cientistas refinem essas sugestões conforme necessário.

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O impacto da IA na ciência

Ferramentas como o co-cientista de IA do Google podem auxiliar os cientistas a manterem-se atualizados diante da avalanche de novas informações geradas em seus campos de estudo. Jakob Foerster, professor associado da Universidade de Oxford, que também trabalha no desenvolvimento de ferramentas de pesquisa em IA, destacou: “Acho que é extremamente valioso”.

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