Emater: chuva alivia situação de lavoura de soja no RS, mas há perdas definitivas

São Paulo, 21 – As recentes chuvas trouxeram um alívio parcial para as lavouras de soja no Rio Grande do Sul, mas em algumas regiões as perdas já são irreversíveis, segundo a Emater. No centro-oeste do Estado, áreas semeadas no início do calendário recomendado foram severamente afetadas, com plantas de porte reduzido, folhas caídas e prejuízos permanentes na produtividade.

O levantamento da Emater aponta que 55% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos, 32% em floração, 7% em maturação e 6% ainda em desenvolvimento vegetativo. “A umidade do solo ajudou na recuperação da turgescência das folhas e favoreceu o desenvolvimento das plantas”, informou a Emater. No entanto, para lavouras mais prejudicadas pela seca, a melhora visual não significa recuperação da produtividade.

Na região de Manoel Viana, estima-se que metade do potencial produtivo tenha sido perdido, com impactos variando conforme a localidade e a variedade de soja cultivada. Em São Gabriel, produtores já avaliam interromper os cuidados em áreas muito afetadas e, em alguns casos, cogitam usá-las para pastejo.

Enquanto a soja enfrenta perdas, a colheita do milho já alcançou 62% da área cultivada no Estado, com produtividade considerada boa pela Emater. Em Erechim, algumas lavouras superam os 12 mil kg por hectare, enquanto na região de Ijuí a média está em 8.800 kg/ha.

As lavouras de milho semeadas mais tarde, que ainda estão em desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos, foram beneficiadas pelas últimas chuvas. No entanto, técnicos alertam para a presença da cigarrinha-do-milho, praga que exige monitoramento para evitar impactos na produtividade.

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