GPA (PCAR3) tem prejuízo líquido de R$ 1,1 bi no 4TRI24

O GPA (PCAR3) registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2024, superior às perdas de R$ 303 milhões no mesmo período do ano anterior, informou a empresa nesta terça-feira (18).

Na linha das operações continuadas, o prejuízo do dono do Pão de Açúcar somou R$ 737 milhões, também muito acima da perda de R$ 91 milhões registrada no mesmo período de 2023.

A soma negativa de R$ 385 milhões no resultado se deve ao avanço de questões relevantes e estruturantes para o longo prazo nos últimos três meses de 2024, disse o GPA. Desse número, cerca de R$ 272 milhões são do resultado continuado e R$ 113 milhões no resultado descontinuado.

“O efeito caixa destes temas está concentrado, principalmente, aos parcelamentos dos acordos tributários, que proporcionaram redução dos valores em discussão, e aos gastos com rescisões no projeto de reestruturação administrativa, que trarão economias estimadas em cerca de R$100 milhões em 2025”, disse a empresa em comunicado.

Além disso, as provisões tributárias e trabalhistas tiveram um efeito excepcional, segundo o GPA, totalizando um impacto negativo de R$ 503 milhões, sendo R$ 291 milhões no resultado continuado e R$ 211 milhões no resultado descontinuado, com efeito caixa esperado no longo prazo e possibilidade de acordos no interim.

Desconsiderando esses efeitos, o prejuízo líquido das operações continuadas seria de R$ 174 milhões, enquanto o das operações descontinuadas passaria para R$ 43 milhões.

Em paralelo a isso, no campo operacional, a receita líquida ano a ano do GPA cresceu 6,9%, para R$ 5,22 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado consolidado aumentou 25,4%, para R$ 498 milhões, com margem crescendo 1,4 ponto percentual, para 9,5%. 

Já as despesas com vendas, gerais e administrativas caíram 0,2%. Enquanto isso, as vendas mesmas lojas subiram 9,6% no 4TRI24. A bandeira Pão de Açúcar mostrou crescimento de 10,2% e do Extra Mercado apurou elevação de 10,3% nessa linha do resultado.

GPA (PCAR3): JPMorgan rebaixa recomendação para venda

A baixa perspectiva para o varejo de alimentos em 2025 fez a JP Morgan rebaixar a recomendação do GPA (PCAR3) para venda (underweight). A decisão foi divulgada a clientes e mercado nesta terça-feira (18).

A empresa, também conhecida como Grupo Pão de Açúcar (GPA), teve recomendação rebaixada devido a alta pressão sobre fundos e opções limitadas para acelerar sua alavancagem financeira.

 O JP Morgan antecipa possível piora no ambiente competitivo com a provável saída da bolsa do Carrefour. O principal afetado seria o Assaí, que desenvolve estratégias de desalavancagem neste momento, mas o menor impacto seria para Grupo Mateus.

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