Argentina: concessionária que administra o pedágio será vendida

O governo federal da Argentina anunciou, nessa sexta-feira (14), o início do processo de privatização da empresa pública Corredores Viales. A empresa administra o pedágio em algumas das principais rodovias do país.

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De acordo com o porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, a decisão tem como base “os magros resultados” da empresa. Mais tarde, o governo emitiu uma nota oficial confirmando a decisão.

“Apesar de que na Argentina há rodovias e autopistas geridas pelo setor privado, governos anteriores insistiram em sustentar essa empresa estatal deficitária”, diz o comunicado.

“Levantamentos realizados por este governo detectaram que há 3,4 mil quilômetros de pista, 45% de toda a rede viária argentina, que estão sendo geridos por esta empresa e não se encontram em condições ótimas para a circulação veicular”, complementa.

A Corredores Viales administra, entre outras estradas importantes, a Rodovia Nacional n.º 12, nas províncias de Misiones e Corrientes. A rodovia faz a ligação entre Puerto Iguazú e o restante do território argentino, sendo usada para acesso à fronteira.

No ano passado, o governo da Argentina já tinha comunicado que, a partir de 2025, os contratos de concessão de pedágio passariam por mudanças. As concessões que vencem neste ano, por exemplo, não terão aditivos ou renovações.

Pedágio nas rodovias da Argentina

Atualmente, existem duas praças de pedágio na Rodovia Nacional n.º 12 em Misiones. A mais próxima fica em Colonia Victoria, a 105 quilômetros da fronteira entre Puerto Iguazú (Argentina) e Foz do Iguaçu (Brasil).

Pedágio na Rodovia Nacional n.º 12 – praças de Santa Ana e Colonia Victoria:
– veículos com até dois eixos e até 2m30 de altura: P$ 1.300;
– veículos com até dois eixos e mais de 2m30 de altura: P$ 2.600;
– com três ou quatro eixos e até 2m30 de altura: P$ 3.800;
– cinco ou seis eixos: P$ 5.100; e
– mais de seis eixos: P$ 6.300.

Ao câmbio de R$ 1 por P$ 200, a taxa para carros de passeio equivale a R$ 6,50. Historicamente, o pedágio na Argentina recebe subsídios, para que as tarifas fiquem mais baratas. Contudo, o governo de Javier Milei prometeu eliminar totalmente os benefícios.

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