Dica do fim de semana | Filmes subestimados da Pixar para ver no Disney+

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As crianças que cresceram entre os anos 1990 e 2000 provavelmente cresceram idolatrando os estúdios Pixar. Enquanto a Disney embarcava em uma grave crise criativa, a Pixar entrava em uma crescente avassaladora, lançando clássico atrás de clássico, conquistando crianças e adultos com longas repletos de carisma, humor e personagens memoráveis.

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Porém, como todo grande estúdio, após praticamente 20 anos do mais puro e genuíno sucesso, houve algumas mudanças internas e a Pixar começou a patinar com produções que não conseguiram mais cativar o público da mesma forma que antes. Se isso é o bastante para declarar ‘crise’ no estúdio eu não sei, mas fato é que até mesmo na época de ‘vacas magras’, a Pixar conseguiu trazer ao mundo longas sensacionais. Então, neste fim de semana, vamos indicar algumas produções que muitos não consideram clássicas, mas que certamente são espetaculares e merecem sua atenção. Confira!

Vida de Inseto

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Vamos começar a lista com o primeiro ‘susto’ da Pixar no mercado. Lançado entre Toy Story e Toy Story 2, Vida de Inseto teve a ingrata missão de surpreender o público após a Pixar ‘reinventar a roda’ da animação com seus avançados e impressionantes gráficos 3D. Infelizmente, o filme não fez o mesmo sucesso de seu antecessor, ainda que tenha feito uma boa jornada pelos cinemas. No Home Video, as famosas fitas VHS, Vida de Inseto acabou sendo um fenômeno e se perpetuou por gerações. A trama acontece na Ilha da Formiga e acompanha uma colônia que faz a colheita de grãos para uma milícia de gafanhotos em troca de proteção contra insetos maiores. Porém, após Flick, uma formiga inventora, acidentalmente perder toda a colheita, eles ficam nas mãos dos gafanhotos do mal, precisando coletar tudo de novo antes do inverno. Só tem um problema: não há comida para todos. Decidido a consertar a burrada que fez, Flick deixa a ilha atrás de insetos guerreiros dispostos a ajudá-lo. Ele pensa ter encontrado seus heróis em um bar, mas, ao retornar à ilha, ele descobre ter contratado artistas de circo desempregados. Agora, ele vai tentar esconder sua nova burrada montando um plano mirabolante para enganar e afastar os gafanhotos. É sensacional!

Wall-E

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Wall-E é um espetáculo. Não apenas das animações, mas do cinema em geral. É, sem sombra de dúvidas, uma das ficções científicas mais sensacionais já feitas na história da arte. Infelizmente, o filme é construído com pouquíssimos diálogos (arrisco a dizer que 80% da trama é contada sem falas), o que acabou prejudicando o desempenho do filme com a molecada de 2008. A história é ambientada em um futuro distante, no qual as grande corporações dominaram o mundo, incentivando o consumo desenfreado. Com essa alta taxa de compra, o nível de lixo descartado incorretamente foi crescendo, até impossibilitar a vida humana na Terra. Diante desse desafio, as grandes corporações montaram espaçonaves e levaram a humanidade para o espaço sideral, enquanto os robozinhos da marca Wall-E foram deixados no planeta para limparem o lixo e tentarem reabilitar a natureza. Só que os anos foram se passando, a humanidade se adaptou ao conforto do espaço e os robozinhos da Terra foram quebrando, até sobrar apenas um: Wall-E. Ele segue com sua rotina de empacotar lixo, só que a inteligência artificial dele se molda conforme vai encontrando objetos que atiçam sua curiosidade. Dessa forma, ele se apaixona por cinema, dança e sonha em viver junto a outras máquinas e pessoas. Sua vidinha pacata, porém, muda de uma hora par outra, quando ele encontra uma plantinha. A forma biológica desperta sua atenção e acaba enviando uma mensagem para os humanos, que enviam a robô de elite E.V.A. para pegar a planta. Com esse encontro inusitado, Wall-E se apaixona por E.V.A. e acaba sendo levado para o espaço, onde vai viver uma aventura “Kubrickiana”.

Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica

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Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica é sinônimo de injustiça. Essa aventura inspirada nas rodas de RPG foi lançada praticamente na mesma semana que o mundo entrou em lockdown por conta da pandemia de Covid-19. Ou seja, acabou tendo um desempenho fraquíssimo nas bilheterias porque simplesmente não tinha mais cinemas abertos para exibir o longa, que acabou indo para o streaming muito antes do previsto. E é realmente uma pena que não tenha conseguido desempenhar uma boa bilheteria, porque é um filme que transborda coração. A história se passa em um mundo formado por criaturas mágicas. Nele, dois irmãos elfos adolescentes vivem diferentes fases da juventude. Enquanto o mais velho sente que é um peso para a mãe, o caçula tenta encontrar seu lugar no mundo, enquanto lamenta de saudade pelo pai falecido. Em seu aniversário, o menino encontra um artefato místico que permitirá ressuscitar o pai por um dia, contanto que ele domine corretamente o feitiço. Só que as coisas saem errado e ele traz de volta apenas as pernas do pai. Dessa forma, ele se junta ao irmão para tentar encontrar um artefato que permita trazer a ‘parte de cima’ do falecido de volta, embarcando em uma jornada inesquecível que aproximará a família de formas inesperadas. O longa foi inspirado na própria vida do diretor, que perdeu o pai quando era muito novinho, mas se sentiu próximo dele ao descobrir que o pai gravou uma porção de fitas para ele antes de morrer. É uma aventura que vale muito o seu tempo.

Red: Crescer é uma Fera

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Se Dois Irmãos sofreu com a pandemia, Red: Crescer é uma Fera sofreu com outro mal terrível que parece crescer a cada dia: o preconceito. Essa animação foi a última da Pixar lançada diretamente no streaming por conta da Covid. No entanto, essa escolha por não levar o filme aos cinemas se deu muito por conta da onda de ódio que o longa recebeu no lançamento de seu primeiro trailer. A história é focada no público feminino e acompanha a jovem Mei Lee, uma menina de família chinesa que vive no Canadá no auge dos anos 2000. Aos 13 anos, ela é apaixonada por uma boyband e dedica sua vida a idolatrá-los junto a seu grupo de amigas. Porém, certo dia, ela se transforma em um Panda Vermelho gigante, causando uma série de mudanças em seu humor e um constrangimento terrível na escola. As mulheres sacaram logo de cara que o filme trazia uma analogia forte à primeira menstruação, o que inexplicavelmente causou raiva e ódio (?) em parte do público, que acusou a Pixar de estar tentando empurrar “lacração” goela abaixo das pessoas, como se mulheres não fossem ao cinema e não gostassem de animação. Com essa campanha de boicote, o longa foi tirado do calendário cinematográfico e chegou diretamente no Disney+, e foi realmente uma pena que esse filme não tenha podido fazer uma bela trajetória nas telonas, porque é uma comédia boa demais. A dinâmica entre Mei Lee e a mãe, que enchia a cabeça da menina com pressões culturais ancestrais, é fantástica, e o filme traz uma porção de referências a diversas culturas pop do oriente, como a música Pop Sul-coreano, as tradições familiares chinesas e os famosos monstros gigantes do cinema japonês. É um filme que realmente merecia mais destaque.

Elementos

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Em um ano com Homem-Formiga, Indiana Jones e As Marvels, a Disney jamais imaginaria que sua grande bilheteria ficaria com Elementos. Principalmente porque o filme abriu com a pior arrecadação da história da Pixar e chegou a sofrer um boicote por parte do público por conta do trailer lançado nos cinemas, que era realmente péssimo. Inclusive, se o editor desse trailer não foi demitido, a Pixar deu mole, porque ele quase pôs a perder um filme sensacional! A história lembra bastante a de Zootopia (2016), só que a execução é mais voltada para a temática familiar e as expectativas que pais e mães depositam nos filhos. A trama se passa em um mundo em que os quatro elementos se materializaram em criaturinhas humanoides, então os bairros e cidades se desenvolveram para abrigar esses elementos. O filme acompanha uma jovem de fogo que foi treinada a infância inteira para assumir a mercearia dos pais. Só que ela tem um forte talento artístico e não sabe exatamente se quer passar o resto da vida como dona de mercadinho. Após um acidente, ela tenta negociar uma multa com um fiscal feito de água, que é todo bobão e inocente. Sem saber que poderia falir o negócio de família da moça, ele tenta retirar a notificação que aplicou, mas vai precisar passar por toda a burocracia do sistema. Nesse processo, água e fogo se apaixonam, fazendo com que ela reflita sobre muitos conceitos que cresceu escutando e repense sobre seus planos de futuro. Felizmente, Pixar decidiu dar uma chance para o filme, que permaneceu por muito tempo em cartaz nos cinemas, encerrando sua passagem com cerca de US$ 500 milhões em bilheteria, o que fez dela a animação Disney de maior sucesso desde Frozen 2 (2019). E quando foi para o streaming, o sucesso se repetiu, fazendo com que muitas pessoas conferissem esse sucesso inesperado. Ainda assim, muita gente, influenciada por aquele péssimo trailer, optou por não ver o filme. Mas pode assistir sem medo, porque Elementos é incrível!

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Todos os filmes citados no texto estão disponíveis no Disney+.
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