B3 (B3SA3) lança índice de debêntures para reforçar atuação em renda fixa

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Foto: B3/Divulgação

Agora, B3 (B3SA3) lançará seu primeiro índice de debêntures, com o objetivo de reforçar seus benchmarks (índices de referência) no segmento de renda fixa. O Índice de Debêntures Ultra Qualidade DI B3 estreia nesta quinta-feira (13).

A composição do índice terá 22 ativos, de oito emissores – Compass, Cosan (CSAN3), Sabesp (SBSP3), Rede D’Or (RDOR3), Localiza (RENT3), Algar, Marfrig (MRFG3) e Equatorial Energia (EQTL3).

As debêntures passaram a ser aceitas como garantia nas operações em que a B3 (B3SA3) atua como contraparte desde o final do ano passado. A companhia afirmou que a decisão acompanha o avanço no uso desse instrumento de captação de recursos pelas empresas. 

Além disso, foi considerado também o aumento da liquidez nas negociações desses ativos no mercado secundário, que alcançam um volume médio diário de quase R$ 3 bilhões, segundo o “InfoMoney”.

Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas que geram o direito de crédito ao investidor. Elas podem ser emitidas por sociedades anônimas de capital aberto ou fechado. O título é utilizado para financiar projetos ou reestruturar dívidas das empresas emissoras.

‘B3 Analógica’: o que a Bolsa perde com a ausência do setor de tecnologia?

Com apenas duas empresas de tecnologia listadas no principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, em um total de 87 ações, o Brasil tem um claro reflexo da falta de um setor tecnológico robusto no mercado de capitais. 

Apesar do crescente papel da tecnologia na economia global, o Brasil ainda enfrenta desafios estruturais, políticos e financeiros que limitam o potencial desse segmento. 

A falta de inovação e o baixo número de empresas tecnológicas em bolsa geram consequências negativas, tanto para os investidores quanto para o próprio desenvolvimento econômico do país.

Brasil não acompanha avanço das bolsas globais

Adriano Delfino, da Fami Capital, destaca que, enquanto o setor de tecnologia representa 42% da composição do S&P 500, o índice Ibovespa reflete um contraste evidente, com apenas 0,9% de participação de empresas como a Totvs (TOTS3) e a LWSA (LWSA3), antiga Locaweb. A discrepância não é apenas numérica, mas estratégica. 

O setor de tecnologia é um dos maiores responsáveis pelo crescimento econômico de países como os EUA, devido à sua constante inovação, atração de capital de risco e a criação de produtos disruptivos. 

No Brasil, a falta desse tipo de ambiente de investimentos impede que mais startups se destaquem, o que leva até mesmo a imigração de talentos.

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