Instagram reforça segurança em contas de adolescentes no Brasil

Conta de Adolescente do Instagram no Brasil

O Instagram começou hoje a aplicar no Brasil uma série de restrições automáticas para contas de usuários menores de 18 anos. Essas medidas, vale lembrar, já eram testadas em países como Estados Unidos e Reino Unido, bem como na União Europeia.

De acordo com a Meta, dona da rede social, o objetivo é aumentar a segurança dos adolescentes na plataforma. Dentre as medidas está a limitação da exposição a conteúdos sensíveis e a liberação de mais controle aos pais sobre o uso do app.

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A partir de agora, portanto, todas as contas de adolescentes no Brasil serão configuradas automaticamente como privadas. Isso significa que apenas seguidores aprovados poderão ver as publicações e interagir com o conteúdo.

Além disso, os menores de 18 anos só poderão receber mensagens diretas (DMs) de pessoas que já seguem. A mesma regra vale para quem já está conectado com eles.

Para os mais novos — isto é, para aqueles com menos de 16 anos —, a coisa fica ainda mais restrita: qualquer mudança nas configurações da conta, como torná-la pública, só poderá ser feita com a autorização dos pais.

Menos exposição a conteúdos sensíveis

O Instagram também está reforçando os filtros para limitar a exposição dos adolescentes a conteúdos considerados sensíveis, como posts que promovem cirurgias estéticas, violência ou temas relacionados a transtornos alimentares e dismorfia corporal.

Outra novidade é o recurso Palavras Ocultas, que será ativado automaticamente na versão mais restritiva, bloqueando comentários e mensagens com termos ofensivos.

Para ajudar a equilibrar o tempo de uso, o app também vai silenciar notificações entre 22h e 7h, no chamado Modo de Descanso. E, depois de 60 minutos de uso diário, os adolescentes receberão um alerta sugerindo que deem uma pausa.

Pais ganham mais controle

Os pais e responsáveis também ganharam novas ferramentas para monitorar o uso do Instagram pelos filhos.

Eles poderão gerenciar o tempo de uso do app, bloquear o acesso em horários específicos (como durante a noite ou no período de aulas) e até ver com quem os adolescentes estão interagindo na plataforma. Só não vão ter acesso ao conteúdo das mensagens, que continuam privadas.

Para ativar o controle parental, o adolescente precisa iniciar o processo dentro do app, vinculando sua conta à de um responsável. A partir daí, qualquer mudança que diminua as restrições da conta precisará ser aprovada pelos pais.

Críticas e pressões globais

A Meta reconhece que um dos maiores desafios é a verificação de idade. Afinal, alguns adolescentes podem tentar burlar as restrições ao fornecer informações falsas. A empresa diz que usa tecnologias para detectar inconsistências, como analisar o histórico de publicações. No entanto, admite que ainda não há uma solução infalível.

Especialistas em segurança digital e saúde mental elogiam as medidas. Porém, lembram que a responsabilidade pela proteção dos jovens não pode cair só sobre os pais. Eles defendem que as grandes plataformas, como o Instagram, assumam um papel mais ativo na regulação de seus conteúdos.

Grupo de jovens/adolescentes lendo e vendo algo nas telas de iPhones

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A chegada dessas restrições ao Brasil é, sem dúvida, um passo importante para aumentar a segurança dos adolescentes no Instagram. No entanto, também deixa claro que ainda há um longo caminho a ser percorrido.

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