Ibovespa abre em alta com desaceleração do IPCA; dólar sobe

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Ibovespa Foto: Canva / Ibovespa

Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta terça-feira (11) em alta, com investidores reagindo ao IPCA de janeiro, que desacelerou para 0,16%. No exterior, agentes do mercado aguardam o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, e seguem acompanhando a política tarifária dos EUA.

Por volta das 10h13 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,15%aos 125.754 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma alta de 0,06%, cotado a R$ 5,7889.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro desacelerou para uma alta de 0,16%, dentro da previsão do “Broadcast” e abaixo da projeção do ASA, de 0,18%. O economista da instituição Leonardo Costa destaca que houve surpresas para baixo nos segmentos de energia elétrica e bens industrializados.

Nesta terça-feira (11), o Ibovespa também reage ao discurso de Powell, na véspera da publicação da CPI (inflação ao consumidor). A primeira parte do depoimento semestral do dirigente ao Congresso dos EUA ocorre a partir das 12h (horário de Brasília). Uma pesquisa da “Reuters” apontou que o Fed deve esperar para reduzir os juros novamente.

Outro destaque continua sendo a política tarifária dos EUA, com a oficialização das tarifas de 25% sobre o aço e alumínio. Mesmo com esses avanços, o coordenador de economia da APIMEC Brasil, Alvaro Bandeira, diz que “ainda é cedo”, já que, para ele, empresas dos EUA devem pressionar o governo para fazer negociações.

Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa

A média de núcleos da inflação foi de 0,61%, taxa menor que o previsto pelo ASA, de 0,63% e pelo “Broadcast” (0,62%), com surpresas na alimentação e nos itens de cuidado pessoal. “A taxa mensal menor do que o esperado para os núcleos do IPCA de janeiro ainda é modesta perante o movimento de elevação dos últimos meses”, avalia Costa.

Expectativas para os juros nos EUA também movem o Ibovespa. De acordo com economistas consultados pela “Reuters”, o Fed deve aguardar pelo menos até o próximo trimestre para reduzir novamente a taxa, preocupado com um possível aumento da inflação. Anteriormente, analistas previam uma nova redução em março.

Sobre as tarifas americanas, Bandeira prevê que “negociações certamente vão existir ao longo do tempo” e que as taxas de 25% para o aço e alumínio não devem ter grande efeito sobre a economia global. “O Brasil aguarda isso e quer negociar antes de pensar em retaliar”, avalia o economista. O mercado segue cauteloso sobre o assunto.

Voltando ao Brasil, investidores também reagem ao crescimento de 3,1% da indústria nacional em 2024, de acordo com pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com avanços em 17 dos 18 locais pesquisados. Entre novembro e dezembro, houve uma queda de 0,3% na série com ajuste sazonal.

EUA

Os índices futuros dos EUA estão apresentando queda nesta terça-feira (11), com os investidores focados no depoimento do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, que ocorrerá no Congresso a partir das 12h (horário de Brasília).

As declarações de Powell podem fornecer pistas importantes para os investidores ajustarem suas expectativas em relação à política monetária americana.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,17%

S&P 500 Futuro: -0,28%

Nasdaq Futuro: -0,40%

Bolsas aiáticas

Os mercados da Ásia-Pacífico terminaram de forma mista, refletindo o receio dos investidores após o anúncio do presidente Donald Trump sobre novas tarifas para as importações de aço e alumínio nos EUA.

Na segunda-feira (11), Trump assinou uma ordem impondo tarifas de 25% sobre as importações desses materiais.

Essas tarifas afetarão as importações de aço e alumínio de todos os países, incluindo os principais fornecedores, como México e Canadá, a partir de 12 de março. No entanto, Trump indicou que poderia considerar uma isenção para a Austrália.

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados também operam de forma mista, enquanto os investidores absorvem as consequências das tarifas recém-anunciadas por Trump.

Na agenda desta terça-feira (11), no calendário de resultados corporativos, empresas como Kering, BP, Dunelm, TUI Group, Ams-OSRAM e Unicredit divulgarão seus números financeiros.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,23%

DAX (Alemanha): +0,11%

CAC 40 (França): +0,26%

FTSE MIB (Itália): -0,01%

STOXX 600: +0,08%

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