Sercine terá programação intensa e homenagem à Beatriz Góis Dantas

(Foto: Pritty Reis)

A 11a. edição do Festival Sercine, realizado pela Rolimã Filmes com recursos da Lei Complementar Federal nº 195/2022 – Lei Paulo Gustavo, por meio do edital Nº 06/2023 – TARCÍSIO DUARTE, executado pela Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe – FUNCAP/SE, acontecerá de maneira gratuita de 15 a 22 de fevereiro no Centro de Cultura e Arte da Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Cultart e no Cine Vitória, com uma programação extensa e intensa para o público amante do audiovisual.

Com o propósito de ser uma janela para a produção cinematográfica brasileira e sergipana, o Sercine surgiu em 2011 através de seus idealizadores Baruch Blumberg, Jéssica Maria Araújo e Renan Henriques, o festival abriu portas para que o público sergipano acessasse as produções independentes de realizadores brasileiros, formando novos amantes do cinema em Sergipe. Ao longo dos anos, a iniciativa passou por diversos espaços de cultura de Sergipe, como o Centro de Criatividade, Teatro Atheneu, Teatro Lourival Batista, Centro Cultural de Aracaju, SESC-SE, e Universidade Federal de Sergipe – UFS.

Para a sua 11ª edição, e a primeira presencial após a pandemia, a programação do Festival inclui as tradições mostras competitivas de curtas, a primeira competitiva de longas e premiação para os vencedores das mostras competitivas, exibições de filmes restaurados, o seminário conversas com o cinema, oficinas, o primeiro laboratório de roteiro de Sergipe, o Vem de Sergipe LAB, apresentações musicais e homenagens, como a da pesquisadora, historiadora e cineasta sergipana Beatriz Góis Dantas.

Durante os sete dias de festival, o Sercine exibirá mais de 60 filmes, entre longas e curtas-metragens. Para a coordenadora do seminário conversas com o cinema, Lu Silva, o Sercine é importante não apenas por ser uma janela de exibição que permite o acesso a filmes com temáticas diversas, mas também por ser um festival que busca a formação de público em parceria com a rede estadual e municipal de educação para as sessões.

“O Sercine também se preocupa com a ampliação da formação técnica, oferecendo oficinas e laboratórios, além de promover debates e discussões sobre a produção cinematográfica com o Seminário Conversas com Cinema. Este ano, o seminário abordará a preservação e a memória audiovisual, lançando um olhar cuidadoso sobre esse tema extremamente importante. Há muitos pontos a serem discutidos, desde como preservar o que já foi produzido até o que está sendo criado atualmente”, afirmou, Lu Silva.

A ideia do festival é também a de conectar diversas formas de olhar para a preservação audiovisual, a exemplo da Masterclass de Laura Bezerra, professora doutora da UFRB, que busca conscientizar sobre a importância de espaços de preservação no Nordeste. “Já o seminário traz três eixos diferentes para pensar a preservação: o projeto Cinemáquina, de Moema Pascoini, que através da construção de um aparelho de digitalização de filmes busca resgatar filmes da região Nordeste, principalmente sergipanos; Rafael de Luna (UFF) com a experiência do LUPA – Laboratório de Preservação Audiovisual, que tem buscado formas de preservar os trabalhos audiovisuais realizados nas universidades; e Terezinha Smith (UFMA) falando do seu trabalho de preservação do arquivo do Festival Guarnicê, realizado pela Universidade Federal do Maranhão. A ideia é traçar uma discussão sobre diversas formas de preservação da memória audiovisual”, enfatizou Lu.

Homenagem à Beatriz Góis Dantas

Durante a organização do Seminário, a equipe técnica do Sercine deparou-se com a restauração do filme “Taieiras na Festa de São Benedito” da pesquisadora, professora emérita da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e antropóloga sergipana Beatriz Góis Dantas, com isso, o festival traz também uma homenagem à produção e preservação das memórias do trabalho precioso desenvolvido por ela.

Para a Coordenadora das Mostras, Manoela Veloso Passos, ter a possibilidade de ouvir Beatriz Góis Dantas falar sobre a participação dela nos filmes da década de 70, é fortalecer a memória de Sergipe. “Esperamos muito por esse momento, já que o projeto foi submetido no final de 2023, e o tema é muito afetivo para mim. Pensar a preservação audiovisual, conhecer nosso passado tanto como sergipana como cineasta é uma forma de me sentir mais segura para continuar aqui e continuar criando histórias e raízes”, concluiu, Manoela.

Confira a programação do primeiro dia de Festival:

15/02 (SÁBADO)

Local: CENTRO DE CULTURA E ARTE DA UFS – CULTART

SEMINÁRIO CONVERSAS COM O CINEMA

9h30

Masterclass de abertura

“Desafios da preservação audiovisual no nordeste”

Laura Bezerra – UFRB

14h

Mostra Memória – [Filmes Restaurados] – [60’]

Taieira na Festa de São Benedito – Dir. Beatriz Góis Dantas, doc. 13′, 1973 | SE

Um Boêmio no Céu – Dir. Murilo Santos, fic./doc. 18’, 1974/1983 | MA

Marisa vai ao cinema – Dir. Murilo Santos, fic. 15’, 1995 | MA

Contem comigo! – Coord. Ziraldo, Dir. Kico Sá Godinho, anim. 6’, 1989 | SP

Um breve respiro democrático – Dir. Rafael de Luna, doc. 4’, 2024 | RJ

15h30

Mesa – Arquivos Vivos: Preservação Audiovisual e a Manutenção da Memória

Moema Pascoini – Cinemáquina

Rafael de Luna – UFF

Terezinha Smith – UFMA

Local: CINE VITÓRIA

19h

CERIMÔNIA DE ABERTURA

Homenagem a Beatriz Góis Dantas

20h

MOSTRA DE LONGAS 1 – [92’]

Alan – Dir. Diego Lisboa, Daniel Lisboa, fic, 92’, 2022 | BA

21h40

SHOW MUSICAL – Alex Sant’Anna

Para mais informações sobre o festival e a programação completa, acesse a página do Instagram Festival Sercine (@festivalsercine) ou o site oficial.

Fonte: Assessoria de Imprensa

 

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