Joesley Batista briga por térmicas no Amazonas na guerra do gás natural

Gasoduto no campo de Azulão (Foto: Eneva/ Reprodução)

Joesley Batista, um dos empresários mais influentes do setor de gás natural no Brasil, está em meio a uma disputa judicial envolvendo a aquisição das térmicas no Amazonas, um ativo estratégico no atual contexto de transição energética.

As térmicas, que foram vendidas pela Eletrobras (ELET3) à Âmbar Energia, empresa dos irmãos Batista, tornaram-se o foco de uma intensa batalha no mercado de gás natural.

Embora o empresário tenha se reunido com Carlos Suarez, outro nome importante no setor, a conversa entre os dois não teve resultados positivos e acabou acirrando ainda mais os ânimos.

A disputa gira em torno da mudança de contratos das térmicas, um ponto que gerou contestações jurídicas por parte de Suarez, que busca ser ouvido sobre os impactos dessas alterações.

O cenário por trás desse embate é uma corrida do setor privado para aproveitar o que muitos veem como a última grande janela de investimentos em gás natural, especialmente em um período em que o papel do Estado no setor tem diminuído.

Joesley Batista, com sua vasta experiência e visão estratégica, está posicionado para consolidar sua participação nesse mercado crescente, visando garantir sua liderança no abastecimento de gás natural para o Brasil.

A transição energética que o país está enfrentando abre novas oportunidades para quem souber se posicionar, e a disputa pelas térmicas no Amazonas é apenas uma das frentes em que Joesley está investindo para fortalecer a Âmbar Energia e sua presença no setor de gás natural.

Grandes nomes do mercado disputam o setor de gás natural

O mercado de gás natural no Brasil é alvo da disputa de grandes nomes do capital privado, como Rubens Ometto, dono do conglomerado Cosan, André Esteves, do banco BTG, e a família Botelho, forte em distribuição de energia elétrica com Energisa, que estendeu os negócios para o gás.

A força financeira desses grupos é crucial para enfrentar os desafios regulatórios do setor.

Ometto, por exemplo, investiu R$ 500 milhões em um gasoduto em São Paulo, ligando um terminal de importação de gás à região metropolitana. Porém, a ANP questiona o projeto, considerando-o fora das normas da Lei do Gás. A questão ainda está sendo discutida no STF, com a possibilidade de um acordo intermediário.

Enquanto isso, a Eneva, uma das maiores produtoras de gás do país, também é observada com atenção. Embora tenha enfrentado um revés inicial em um leilão de potência, a empresa teve sua participação viabilizada por novas regras, o que reverteu a queda nas ações.

O lobby e seus impactos no setor energético

A Petrobras (PETR4) ainda mantém uma presença significativa no setor de energia, mas sua retirada de algumas áreas criou oportunidades para novos competidores, como Joesley Batista e sua Âmbar Energia.

No entanto, essa competição não ocorre apenas no campo empresarial, mas também nos bastidores políticos, no Congresso e nos governos federal e estaduais.

Embora o lobby seja uma prática comum e muitas vezes legítima, o verdadeiro problema surge quando ele se torna direcionado e favorece interesses individuais em detrimento dos benefícios coletivos.

Esse tipo de lobby, focado em ganhos pontuais, pode comprometer a qualidade e a sustentabilidade do planejamento energético de longo prazo, o que preocupa diversos especialistas do setor.

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