Laranja: colheita deve crescer, após menor safra em 36 anos

A produção brasileira de laranja deve atingir o menor patamar desde 1988, com as 300 milhões de caixas (12,3 milhões de toneladas) previstas para a safra 2024/25, segundo o adido do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) em Brasília.

Porém, em 2025/26 deve haver uma recuperação, com uma colheita previstas pelo USDA de 320 milhões de caixas (13 milhões de toneladas) em 590 mil hectares cultivados, número estável em relação à área de cultivo da safra anterior.

O consumo doméstico também deve permanecer estável, em 2,5 milhões de toneladas, ante os 2,6 milhões estimados para 2024/25. Enquanto isso, a produção do país de FCOJ (suco de laranja concentrado e congelado) deve crescer 8,8%, atingindo 1,01 milhão de toneladas em 2025/26.

As exportações de FCOJ devem crescer 9,11%, para 953,8 mil toneladas, segundo o USDA.

Exportação de janeiro é a segunda maior para o mês

O valor das exportações de janeiro, de US$ 25,18 bilhões, foi o segundo maior da série histórica para o mês, disse o diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Herlon Brandão. As informações são do “Estadão Conteúdo”.

No entanto, houve uma queda em relação a janeiro do ano passado, influenciada principalmente por uma queda nos preços, de 5,2%, uma vez que o volume de vendas diminuiu somente 0,9%.

As exportações da agropecuária foram prejudicadas por uma queda no volume embarcado de 6,7% e nos preços, de 4%. O setor exportou US$ 3,8 bilhões no primeiro mês deste ano.

Brandão explicou que, embora a safra de soja tenha sido maior que a do ano passado, o escoamento varia de acordo com as condições climáticas. As vendas da indústria extrativa também caíram, com recuo de 16,1% no petróleo e de 26,3% no minério de ferro.

Ao mesmo tempo, influenciaram positivamente as exportações de celulose, que aumentaram 44,2%, de carne bovina, com alta de 10,5%, e de aves, que subiram 21,9%. Outro destaque foi o café, com alta anual de 79,4% nas vendas, de 9,5% no volume e 63,8% nos preços.

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