Quanto custa criar um filho até os 18 anos? Valor pode surpreender

Ter um filho é, para muitos, um dos projetos mais significativos da vida. A decisão de construir uma família envolve mais do que expectativas emocionais; trata-se de um compromisso diário, com desafios que vão muito além do afeto.

Afinal, criar uma criança envolve não só amor, mas um planejamento que considera desde as necessidades básicas até o preparo para o futuro.

Com o crescimento da criança, mudam as fases e, com elas, as demandas financeiras. Desde o berço até o último ano da escola, cada etapa tem seus próprios custos, que variam de acordo com o estilo de vida da família, a região do país e as escolhas feitas ao longo do caminho.

Mas, afinal, quanto custa criar um filho até os 18 anos no Brasil?

Custos dos primeiros anos

O impacto financeiro de ter um filho é real, mas nada se compara ao valor das memórias construídas em família. (Foto: eclipse_images/Getty Images Signature)

Nos primeiros anos de vida, os gastos são impulsionados por despesas essenciais, como fraldas, leite, consultas pediátricas e vacinas.

Mesmo com a cobertura do SUS, algumas imunizações não estão disponíveis na rede pública, o que pode elevar o orçamento familiar. Uma vacina contra meningite, por exemplo, pode custar mais de R$ 1.000 na rede privada.

Além da saúde, a alimentação também pesa no orçamento. O início da introdução alimentar exige cuidados com a qualidade dos alimentos, além de utensílios específicos para o bebê. Para famílias em que ambos os pais trabalham, creches e babás entram na conta, com valores que variam consideravelmente entre regiões e instituições.

Somando todos esses fatores, estima-se que, nos primeiros cinco anos de vida, o custo básico com um filho possa ultrapassar R$ 35 mil, considerando gastos recorrentes com saúde, alimentação, vestuário e educação infantil.

Infância do filho e impacto da vida escolar

A partir dos seis anos, o início da vida escolar traz novos desafios financeiros. Mesmo em escolas públicas, há despesas com materiais didáticos, uniformes, transporte e atividades extracurriculares. Para quem opta por escolas particulares, o impacto pode ser significativo, com mensalidades que, em alguns casos, superam R$ 2.000 por mês.

Entre os seis e 12 anos, o custo de criar um filho pode ultrapassar R$ 100 mil, somando gastos com educação, alimentação, transporte, lazer e cuidados de saúde. Nessa fase, o interesse por esportes, cursos de idiomas e atividades artísticas também pode aumentar as despesas familiares.

Além dos custos diretos, há também os indiretos, como o impacto na rotina de trabalho dos pais, que muitas vezes precisam ajustar horários ou investir em transporte escolar e atividades de contraturno.

Adolescência é a fase mais cara da criação

Entre os 13 e 18 anos, os gastos tendem a crescer ainda mais. A adolescência é marcada por novas necessidades, que vão além da escola. Cursos preparatórios para o vestibular, atividades extracurriculares, tecnologia, roupas e gastos com lazer passam a fazer parte do dia a dia.

Além disso, essa fase é acompanhada por um desejo crescente de autonomia. Os adolescentes começam a ter mais compromissos sociais, viagens escolares e até os primeiros contatos com o mercado de trabalho, o que pode incluir cursos de qualificação e transporte. Essas demandas tornam o orçamento mais dinâmico, exigindo maior flexibilidade financeira.

Nesse cenário, o custo total pode facilmente ultrapassar R$ 120 mil, considerando todas as despesas associadas ao desenvolvimento acadêmico, pessoal e social do filho.

Ter um filho vai além do aspecto financeiro

Embora os valores possam impressionar, o custo de criar um filho vai além do que é possível calcular. O impacto financeiro é real, mas cada gasto representa um investimento no desenvolvimento, na saúde e na formação de um ser humano.

Cada despesa, por menor que pareça, carrega um significado: o uniforme escolar que marca o início de uma nova fase, o material de arte que revela um talento escondido ou até o ingresso para aquele show tão aguardado. O valor está na experiência proporcionada e nos laços que se fortalecem a cada etapa.

O planejamento financeiro é fundamental para equilibrar o orçamento familiar, mas, no final, o que mais conta são os momentos compartilhados, os aprendizados e os laços construídos ao longo da jornada.

Afinal, criar um filho é uma experiência que, apesar de desafiadora, traz recompensas que não cabem em nenhuma planilha.

O post Quanto custa criar um filho até os 18 anos? Valor pode surpreender apareceu primeiro em Capitalist.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.