Os 10 Melhores Filmes de Fantasia de Todos os Tempos

O gênero fantástico sempre esteve em nossas vidas – seja na literatura, no cinema ou na televisão. Desde os primórdios da contação de histórias, artistas incríveis tiveram a capacidade de nos transportar para mundos distantes, recheados de criaturas sobrenaturais e mitológicas, que nos apresentavam uma nova perspectiva aventuresca movida por acontecimentos soberbos e épicos.

Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando os dez melhores filmes de fantasia de todos os temposa – desde a clássica aventura ‘A História Sem Fim’ até o icônico ‘O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei’, que se tornou um divisor de águas para o gênero no cenário cinematográfico.

Confira a nossa lista abaixo:

10. A HISTÓRIA SEM FIM (1984)

No clássico ‘A História sem Fim’, Bastian (Barret Oliver) é um garoto que usa sua imaginação como refúgio dos problemas do dia-a-dia, como as provas do colégio, as brigas na escola e a perda de sua mãe. Um dia, após se livrar de alguns garotos que insistem em atormentá-lo, ele entra em uma livraria. Lá o proprietário mostra um antigo livro, chamado A História Sem Fim, que classifica como perigoso. O alerta atiça a curiosidade de Bastian, que pega o livro emprestado sem ser percebido. A leitura o transporta para o mundo de Fantasia, um lugar que espera desesperadamente a chegada de um herói. A imperatriz local (Tami Stronach) está morrendo e, junto com ela, o mundo em que vive é aos poucos devorado pelo feroz Nada. A única esperança é Atreyu (Noah Hathaway), que busca a cura para a doença da imperatriz com a ajuda de Bastian.

9. UGETSU (1953)

ugetsu

Em 1953, a história do cinema era agraciado com um épico fantástico japonês intitulado ‘Ugetsu’. Essa obra-prima cinemática, cortesia das habilidosas mãos do diretor Kenji Mizoguchi e recontando de maneira fabulesca um dos períodos mais complicados da história do país (a guerra civil Azuchi-Momoyama), o longa nos leva de volta ao século XVI e acompanha dois irmãos fazendeiros que vão à capital local para tentar vender peças de cerâmica. Eles vendem todas, e depois o destino dos dois se separa quando Tobei decide se tornar samurai, e Genjuro quer enriquecer por meio do comércio. Entre as surpresas que os esperam, Genjuro descobre que a rica mulher que o recebeu em seu palácio é, na verdade, um fantasma.

8. MONTY PYTHON EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO (1975)

monty python e o cálice sagrado

Nessa icônica comédia ácida, que inclusive ditou os moldes dos filmes de comédia que se seguiriam após sua estreia, Terry GilliamTerry Jones recontam as clássicas novelas arturianas de maneira despojada e hilária. Na trama, o Rei Artur sai à procura de cavaleiros que o acompanhem em uma jornada histórica: a busca do Santo Graal. Aparecem então Sir Lancelot, o Bravo; Sir Robin, o Não-Tão-Bravo-Quanto-Sir-Lancelot; Sir Galahad, o Puro, entre outros personagens surreais. Escrita pelo genial grupo de comédia britânico Monty Python, a trama do longa satiriza diversos eventos históricos ocorridos na Idade Média.

7. O LABIRINTO DO FAUNO (2006)

‘O Labirinto do Fauno’ é um conto de fadas distorcido que não se rende à romantização excessiva, mas sim que exala as angústias às quais uma nova geração estava fadada a carregar à época do real significado de caos. Não nos poupando de catarses naturais e nem mesmo de sacrifícios narrativos, essa obra de Del Toro é uma de suas mais memoráveis – e mais aterrorizantes, certamente. Na trama, a jovem Ofélia e sua mãe doente chegam ao posto do novo marido de sua mãe, um sádico oficial do exército que está tentando reprimir uma guerrilheira. Enquanto explorava um labirinto antigo, Ofélia encontra o fauno Pan, que diz que a menina é uma lendária princesa perdida e que ela precisa completar três tarefas perigosas a fim de se tornar imortal.

6. EXCALIBUR (1981)

É notável como o universo arturiano sempre serviu de inspiração para diversas incursões audiovisuais – tanto na televisão quanto no cinema. Em 1981, uma das melhores releituras dessas clássicas novelas de cavalaria ganhou forma pelas mãos de John Boorman‘Excalibur’. Inspirado livremente na lenda do Rei Arthur, a trama é centrada em Arthur, um servente e filho bastardo do lorde Uther Pendragon, que recebe a mágica espada Excalibur para reunir os Cavaleiros da Távola Redonda e unificar o reino de Camelot – tudo isso com a ajuda do mago Merlin. No entanto, este monarca enfrenta grandes desafios à sua frente em busca do amor, do Cálice de Cristo e da sobrevivência de sua nação.

5. A PRINCESA PROMETIDA (1987)

Apesar de ter tido uma estreia bastante modesta entre os críticos e nas bilheterias, ‘A Princesa Prometida’ possui um impacto inegável não apenas no cenário dos filmes de fantasia, mas no escopo da sétima arte como um todo. A aventura estrelada por nomes como Cary ElwesMandy PatinkinRobin Wright e tantos outros transformou-se em um clássico cult com o passar dos anos e, nos dias de hoje, é considerado como uma das melhores produções não apenas de Rob Reiner, mas da década de 1980. A trama acompanha a bela Buttercup, uma jovem que é raptada e mantida encarcerada contra a sua vontade – obrigada a se casar com o odioso príncipe Humperdinck. Porém, o corajoso Westley, seu verdadeiro amor e que retorna como um impiedoso pirata, parte em uma missão para salvá-la.

4. MARY POPPINS (1964)

‘Mary Poppins’ continua como uma das melhores produções da Walt Disney Studios, trazendo um elenco de peso que inclui Julie Andrews (que inclusive conquistou o Oscar de Melhor Atriz por seu irretocável trabalho no longa) e Dick Van Dyke. Baseada no romance homônimo de P.L. Travers, a trama nos leva para a Londres de 1910, onde um banqueiro rígido e severo com os filhos escreve um anúncio no jornal em busca de uma governanta. Trazida pelo vento em um guarda-chuva voador, uma babá com poderes mágicos aparece para transformar a triste rotina da família.

3. O SÉTIMO SELO (1957)

o sétimo selo

Poucos filmes carregam o extenso legado no cenário audiovisual como ‘O Sétimo Selo’. Responsável por calcar a imagem da Morte como uma misteriosa figura encapuzada que joga xadrez com os mortais (e que foi adotada até mesmo por Maurício de Sousa nos quadrinhos da Turma da Mônica Jovem), a trama é centrada em um cavaleiro que retorna das Cruzadas após uma década de luta e encontra o país devastado pela Peste Negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e, enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com ela ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.

2. O MÁGICO DE OZ (1939)

‘O Mágico de Oz’ é um dos filmes mais relembrados e adorados de todos os tempos. Desde sua comovente história de superação e autoaceitação delineada perfeitamente por L. Frank Baum até as inovações técnico-artísticas, a obra de Victor Fleming parece não envelhecer. Mesmo os cineastas contemporâneos, principalmente aqueles que ousam se aventurar no mundo da fantasia, buscam referências do clássico longa, remodelando-as em uma tentativa de aproximá-las das novas gerações. Entretanto, sua atemporalidade talvez seja um dos maiores atributos – afinal, quem não conhece a história de Dorothy, os sapatinhos de rubi, o temido feiticeiro da cidade das Esmeraldas e os macacos voadores? É claro que se restringir apenas aos artifícios narrativos é cair no senso-comum; afinal, a trama que se desenrola vai muito além do que os olhos podem ver.

1. O SENHOR DOS ANÉIS: O RETORNO DO REI (2003)

Depois de dois filmes impecáveis, ‘O Senhor dos Anéis’ chegou ao fim com um terceiro capítulo épico, emocionante e que honrou a memória de J.R.R. Tolkien da melhor maneira possível. ‘O Retorno do Rei’ não só emocionou o público e levou de forma merecida para casa onze estatuetas do Oscar, como também insurgiu como a obra-prima da carreira de Peter Jackson – e não é por menos; em meio aos seus mais de 240 minutos de exposição cênica, ele nos apresenta a cada um dos aspectos que transformou a Terra-Média em um dos cosmos mais apaixonantes de todos os tempos, fazendo questão de fornecer a cada um dos vários personagens o seu momento de glória, sua complexa construção arquetípica e sua significação além do que poderíamos imaginar.

MENÇÃO HONROSA: EDWARD MÃOS DE TESOURA (1990)

Com ‘Edward Mãos-de-Tesoura’, o conhecido diretor Tim Burton conseguiu encontrar uma forma de poetizar aquilo que é considerado “fora do normal”. A beleza do personagem principal está justamente em sua excentricidade, em sua construção nem um pouco dentro das saídas convencionais e como sua personalidade altruísta e ingênua é capaz de cativar todos à sua volta – não é surpresa que a jovem Kim acabe se apaixonando por sua transcendência, visto que não é como nenhum dos outros garotos que passaram por sua vida. Uma aventura romântica que segue uma linha tragicômica é a frase que mais define essa linda obra de Burton, mas não se pode deixar de dizer que ela falha quando não se aprofunda em algumas outras questões, principalmente a não aceitação que, eventualmente, permanece em um escopo mais superficial.

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