CD quântico? Tecnologia pode armazenar até 1000 vezes mais dados; entenda

CDs, DVDs e até mesmo Blu-rays parecem estar fadados ao esquecimento em breve. Com o advento do streaming de vídeo e áudio na última década, mídias físicas estão, gradualmente, perdendo sua relevância. Mas você já ouviu falar do CD quântico? A tecnologia pode armazenar até 1000 vezes mais dados!

Sim, você não entendeu errado. A tecnologia teórica conhecida popularmente como CD quântico consegue armazenar até mil vezes mais dados do que discos ópticos atuais — e é válido ressaltar que um Blu-ray de dupla capada já excede os 100 GB, e algumas investidas podem ser ainda mais impressionantes!

Baseado em mecânicas quânticas, o “CD do futuro” consiste em um amalgama de elementos de terras raras e inúmeras células de memória em apenas um objeto — mais especificamente, um objeto composto de óxido de magnésio (MgO).

Em termos técnicos, os cientistas explicam que os elementos emitem prótons que são absorvidos por um evento conhecido como “defeito quântico”. Simplificando a questão, essa combinação resulta em uma capacidade de armazenamento mais robusta.

Discos ópticos atuais ão limitados por algo conhecido como limite de difração de luz. Isso significa que os dados armazenados não podem ser fisicamente menores do que o comprimento da onda do laser utilizado para a sua escrita ou leitura.

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O que é um CD Quântico? A tecnologia é viável no mundo real?

O início do “pulo do gato” para o CD quântico foi justamente propor alternativas para burlar essa limitação.

Por meio de uma técnica conhecida como “multiplexação de comprimento de onda”, são usados diversos comprimentos de onda simultaneamente, aumentando a densidade do espaço para armazenar dados — e sem ser necessário aumentar o tamanho do dispositivo fisicamente.

Essa é uma teoria estudada pelos cientistas responsáveis; contudo, para isso ser possível, foram necessários os já mencionados elementos de terras raras para emitir luz em comprimentos de ondas adequados para o processo.

Em seguida, tiveram que ser compactados em um formato de alta densidade, em uma estrutura composta de óxido de magnésio (MgO), trazendo assim a possibilidade de um disco óptico que exceda todas as alternativas atuais.

Essas descobertas foram publicadas renomado Physical Review Research no dia 14 de agosto de 2024.

Trazendo todas essas teorias para um exemplo mais prático, trata-se da interação da luz com materiais específicos de terras raras.

Essa união consolida um ambiente que emissores e defeitos trabalham em sintonia para propiciar um disco que utilize defeitos quânticos que conseguem armazenar abundantemente os dados.

Complicado, né? Então vou simplificar: é uma tentativa de desenvolver um CD que armazene mais dados, mas sem ser necessário aumentar o tamanho físico dele. Ou seja: nada de discos de vinil no futuro.

Contudo, apesar da teoria ser interessante e algumas reações poderem ser observadas em um ambiente controlado, os cientistas ainda precisam de algumas respostas para transformar o CD quântico em um produto viável para o uso.

Ainda terão que viabilizar um método para ser possível ler esses dados (um leitor adequado para a tecnologia que usa defeitos quânticos) e conseguir replicar todos esses eventos em temperatura ambiente.

A importância do armazenamento óptico

A temperatura é um aspecto fundamental, porque muitos recursos quânticos necessitam de algo próximo do zero absoluto (-273,15 °C ou 0 Kelvin). Isso só é possível em ambientes altamente controlados, então, trazer uma ferramenta tão complexa para o mundo real ainda é um desafio, apesar do potencial das descobertas.

Só o tempo dirá se o CD quântico será um produto adequado para o consumo. De toda forma, engana-se quem pensa que um armazenamento óptico é importante apenas para colecionar filmes, músicas ou jogos.

Diversos segmentos da sociedade necessitam de opções confiáveis para guardar seus dados sensíveis por muito tempo. O streaming pode ser uma solução viável para o consumo rápido de algumas mídias, mas é pouco relevante quando o assunto é preservação.

Sendo assim, seja com tecnologia quântica ou não, cientistas continuarão estudando novas maneiras de criar opções para proteger informações sensíveis e relevantes.

E aí? O que achou do assunto? Compartilhe o seu ponto de vista nesta publicação e continue acompanhando o Mundo Conectado.

Fonte: livescience

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