Iguatemi: Cade aprova 2ª maior aquisição de shoppings da história

Cade aprova compra do Pátio Higienópolis pelo Iguatemi
Foto: Divulgação

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a venda, para o Iguatemi, de participações nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista detidas pela Brookfield, segundo despacho publicado no DOU (Diário Oficial da União). A autarquia não impôs nenhuma restrição ao negócio.

Em 19 de dezembro do ano passado, as duas companhias haviam assinado um memorando de entendimento vinculante para a compra de fatia dos shoppings, localizados em São Paulo, por R$ 2,58 bilhões.

A negociação, que também tem participação do BB Asset, representa a segunda maior compra do setor brasileiro na história.

Pelo contrato, 70% do valor devem ser pagos à vista, na data de fechamento da transação, e o resto vai ser pago em duas parcelas anuais iguais corrigidas pelo CDI. A aprovação definitiva do negócio ainda depende de outras condições precedentes.

A decisão do Cade vai se tornar definitiva 15 dias depois da publicação do despacho no DOU, caso não ocorra avocação de terceiros ou pelo Tribunal Administrativo do Cade.

O valor corrigido da transação é apenas menor que a compra do grupo Malzoni pela Brascan, em 2007, por R$ 1,5 bilhão (que em valores atuais seriam mais de R$ 4 bilhões), afirma o “Valor Econômico”.

FII da Rio Bravo inicia captação para comprar Pátio Higienópolis, após aquisição pelo Iguatemi

O FII (Fundo de Investimento Imobiliário) da Rio Bravo SHPH11 iniciou o processo de captação de até R$ 400 milhões na B3, com o objetivo de aumentar sua participação no Shopping Pátio Higienópolis, do qual já detém 25,7%. As informações são do “Broadcast+”.

A emissão foi aprovada em assembleia de cotistas na última sexta-feira (24) e inclui uma cláusula de “poison pill” (medida destinada à defesa contra ofertas hostis), que é inédita para este tipo de fundo, disse a sócia e diretora de investimentos imobiliários da Rio Bravo, Anita Scal, ao “Broadcast+”.

Com a captação, o SHPH11 pretende aumentar a participação no shopping para 40,46%. A decisão ocorre após a venda de 50,1% do estabelecimento pela Brookfield para um consórcio liderado pelo Iguatemi, que pagou R$ 2,5 bilhões pela fatia em dezembro de 2024.

Se o negócio se concretizar, o SHPH11 se tornaria o maior coproprietário individual do shopping.

A cláusula de “poison pill” tem o objetivo de fazer com que o FII permaneça monoativo, patrimonialista, focado em renda e sem possibilidade de mudanças abruptas em seu controle, disse Scal ao “Broadcast+”. Dessa forma, a cláusula também previne que o FII mude seu perfil de risco.

A inclusão de “poison pill” pode fazer com que outras instituições o setor imobiliário adotem a prática, segundo a sócia. Além disso, a medida seria uma resposta ao aumento da preocupação de investidores em proteger ativos de ofertas hostis, considerando a valorização de shoppings como ativo de investimento, disse ela ao “Broadcast+”.

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